Manassés Borges
Manassés Borges assina a identidade visual e as ilustrações dos rótulos dos produtos da linha Mandacaru. Ele utiliza a técnica da xilogravura para ilustrar as belíssimas tradições nordestinas. Confira o processo criativo do artista:
GUIA DE EDIÇÃO DE BALÕES E TEXTOS PARA HISTÓRIAS EM QUADRINHOS
INTRODUÇÃO
Embora frequentemente deixados em segundo plano, os balões e textos são elementos gráficos essenciais para um projeto de histórias em quadrinhos. As escolhas de formas e tipos deve proporcionar não somente legibilidade e clareza à narrativa, mas também harmonizar-se intimamente com o estilo de desenho e colorização das páginas, conferindo uma unidade gráfica e estética ao projeto. Assim, é importante levar em consideração alguns pontos técnicos que são importantes para este fim, e que podem ser um bom ponto de partida para um letreiramento eficiente. Naturalmente, as escolhas de ordem estética devem ser pensadas caso a caso, de acordo com a história e estilo gráfico de cada projeto.
GABARITO OU TEMPLATE
Para manter um controle sobre o tamanho das páginas e, consequentemente, dos textos e balões de modo a que o trabalho tenha legibilidade no seu formato impresso, é necessário trabalhar com formatos definidos. A esta formatação feita já no papel dá-se o nome de templates ou gabaritos, e para determiná-la é necessário decidir previamente qual será o tamanho final da publicação.
Comercialmente, os formatos que otimizam o uso de papel e o preço de impressão são os seguintes:
14 cm x 21 cm | 21 cm x 21 cm |
15 cm x 15 cm | 21 cm x 28 cm |
16 cm x 23 cm | 22 cm x 30 cm |
18 cm x 18 cm | 40 cm x 66 cm |
MARGENS: SANGRIA, CORTE E ÁREA DE SEGURANÇA
É importante que o gabarito ou template traga ainda a marcação de margens de sangria, corte e área de segurança do formato. A margem de sangria é o intervalo até onde os elementos gráficos devem se estender (“sangrar”) para que, após o corte final, fiquem no limite da página. A linha de corte é onde a página será aparada, tirando sobras, e a área de segurança é onde devem estar contidas todas as informações essenciais que não podem ser cortadas (como desenhos ou textos).

Assim, o primeiro passo é inserir a página no gabarito ou template afim de adequar todas as páginas ao mesmo formato.
Exemplo de medidas para um gabarito ou template:
Formato da área imprimível (de segurança) original: 27 cm x 38 cm Formato final da área imprimível (de segurança): 19 cm x 26,8 cm Formato final da publicação: 22 cm x 30 cm Margem de corte (sangria): 0,5 cm Margem direita e esquerda: 1,5 cm Margem superior: 1,8 cm Margem inferior: 1,3 cm |

IMPORTANTE!
É recomendável já inserir os storyboards do projeto no gabarito e fazer, nessa etapa, a colocação de balões e textos. Desta maneira, pode-se verificar não só se há espaço suficiente para textos e balões, mas também aspectos narrativos de conjunto como encadeamento de cenas, virada de página e composição de cada quadro. |

SENTIDO DE LEITURA OCIDENTAL
O sentido de leitura de leitura deve ser sempre respeitado para manter a clareza da ordem dos diálogos, ou seja, de cima para baixo, e da esquerda para a direita.

ESPECIFICAÇÕES DE BALÕES E TEXTO
É interessante fazer uma pequena ficha com as especificações de fonte e formato de balões que serão usados no projeto, como neste exemplo:
Fonte: ArtistsAlley BB Regular Tamanho da fonte: 12 pt Espaçamento entre-linhas: 11 pt Cor da fonte: preto 100% Formato dos balões: redondos (diálogos) e retangulares (descrições e narrações) Cor do contorno: preto 100% Espessura do contorno: 1 pt, Variable Width 2 Cor do preenchimento: Branco |


ALINHAMENTO E QUEBRAS DE TEXTO:
DAR FORMA AO TEXTO E AO BALÃO
Para facilitar a acomodação do texto ao balão, deve-se partir de uma diagramação adequada do primeiro. No caso de balões redondos, é importante buscar uma distribuição do texto tornando seu alinhamento centralizado, e quebrando as linhas quando for necessário para que a sua distribuição fique o mais próximo possível de uma forma elíptica proporcional à do balão.
REGULARIDADE DE ESPAÇAMENTO & RESPIRO
Também é importante manter um espaçamento entre-linhas proporcional ao tamanho da fonte e do texto. O espaço de “respiro” entre o texto e a borda do balão é absolutamente necessário para a legibilidade no formato final:

DISPOSIÇÃO DO TEXTO
Nos balões redondos, deve-se centralizar e distribuir o texto o mais próximo possível da forma do balão que o contém. Nos balões retangulares, pode-se alinhar o texto à direita ou à esquerda, conforme melhorar o aproveitamento do espaço.
Não separar palavras. Observar o espaço de respiro entre o texto e contorno do balão.

FORMAS DOS BALÕES

É interessante evitar balões redondos muito alongados horizontal ou verticalmente, e buscar um equilíbrio de proporções mais próximo do retangular 3:4. Já os balões retangulares podem ser mais alongados vertical ou horizontalmente sem perda de espaço útil.

Pode-se acoplar balões aos requadros para economizar espaço. Neste caso, pode-se alinhar o texto à esquerda ou à direita conforme o lado do requadro a que está unido.

FORMA DAS PONTEIRAS
As ponteiras dos balões devem ser discretas e apontar claramente para a personagem que está falando, bem como proporcionais aos balões a que estão conectadas.

INSERÇÃO DAS PONTEIRAS
A inserção das ponteiras nos balões deve ser feita de modo que o todo fique proporcional, evitando ambiguidades na forma. Para isso, deve-se buscar inserir a ponteira de modo a que fique mais perpendicular ao contorno do balão, deixando a silhueta do conjunto mais legível.

Em suma, é importante procurar manter uma regularidade na proporção e na inserção das ponteiras, criando um padrão para todo o projeto.
FORMATO DOS ARQUIVOS DE BALÕES E TEXTOS
Os arquivos de textos e balões podem ser feitos em diversos formatos, porém os formatos vetoriais trazem vantagens, como a facilidade de edição e a sua independência de uma resolução específica, podendo ser facilmente adaptados em tamanhos diferentes.
Arquivos-fonte: .ai (Adobe Illustrator) Arquivos finais: .ai (Adobe Illustrator) ou .psd (Adobe Photoshop; em camadas separadas e resolução de rasterização de 1200dpi) |
Bibliografia:
[1] OLIVEIRA, Andradina de. O Perdão. Florianópolis: Editora Mulheres, 2010. P. 142.
PDF GUIA DE EDIÇÃO DE BALÕES E TEXTOS
Fonte: https://becodorosario.com/2016/12/15/guia-de-edicao-de-baloes-e-textos-para-historias-em-quadrinhos/3° Bienal Internacional de miniprint 2018
Queridos / as Artistas: novamente os convidamos a participar da 3° Bienal Internacional de miniprint 2018, confiamos que será tão bem sucedida como a primeira, tanto em quantidade de obras de arte como em qualidade. Tudo graças a vocês. http://ong-proyectarte.blogspot.com.ar/
Xilogravura (Woodcut)
Woodcut é uma técnica de impressão em relevo em que texto e / ou imagens são esculpidas na superfície de um bloco de madeira. As peças de impressão permanecem niveladas com a superfície enquanto as peças não impressas são removidas, tipicamente com uma faca ou um cinzel. O bloco de madeira é então atravado e o substrato pressionado contra o bloco de madeira. Esta técnica de impressão também é chamada de xilografia ou impressão em bloco.
O Woodcut foi usado pela primeira vez para impressão em têxteis. Os primeiros exemplos chineses conhecidos consistem em flores impressas em três cores. Eles provavelmente são produzidos durante a dinastia Han (antes de 220 aC). O exemplo sobrevivente mais antigo de um livro impresso usando woodcut é uma cópia da versão chinesa de The Diamond Sūtra do século IX. Abaixo está um pequeno detalhe de uma de suas páginas.
Por 1300, a impressão em bloco também era de uso comum na Europa como um método para imprimir em pano. Os primeiros livros xilográficos europeus e cartas de jogar foram produzidos na Alemanha e na Holanda por volta de 1430. O Ars Moriendi é um exemplo desse livro, que contém gravuras em madeira que ilustram "uma boa morte".
A partir do final do século 15, as gravuras em madeira foram gradualmente substituídas por gravuras de cobre para ilustrar livros. A técnica continua em uso até hoje por artistas que querem reproduzir imagens únicas (chamados de woodcut de folha única). Ao usar vários blocos, as gravuras em madeira podem até ser impressas em cores.
O Woodcut foi usado pela primeira vez para impressão em têxteis. Os primeiros exemplos chineses conhecidos consistem em flores impressas em três cores. Eles provavelmente são produzidos durante a dinastia Han (antes de 220 aC). O exemplo sobrevivente mais antigo de um livro impresso usando woodcut é uma cópia da versão chinesa de The Diamond Sūtra do século IX. Abaixo está um pequeno detalhe de uma de suas páginas.
Um detalhe do Woodcut Sutra Diamante
Por 1300, a impressão em bloco também era de uso comum na Europa como um método para imprimir em pano. Os primeiros livros xilográficos europeus e cartas de jogar foram produzidos na Alemanha e na Holanda por volta de 1430. O Ars Moriendi é um exemplo desse livro, que contém gravuras em madeira que ilustram "uma boa morte".
Uma das ilustrações de gravura em madeira do Ars Moriendi
A partir do final do século 15, as gravuras em madeira foram gradualmente substituídas por gravuras de cobre para ilustrar livros. A técnica continua em uso até hoje por artistas que querem reproduzir imagens únicas (chamados de woodcut de folha única). Ao usar vários blocos, as gravuras em madeira podem até ser impressas em cores.
NO REINO DE GILVAN SAMICO
Curta Metragem, Documentário, 2014 | Short Movie, Documentary
Um mergulho no Reino Encantado de um dos mais conhecidos e importantes gravuristas do Brasil: Gilvan Samico. Uma visita á sua casa/atêlie em Olinda, Pernambuco, dois meses após a sua morte, revela um lugar ainda impregnado de suas memórias e de sua energia. Com depoimentos de Alex Cerveny, Ricardo Resende, Marcelo Peregrino Samico, Renata Pimentel e Raul Córdula.
Ficha Técnica
Direção | José Sampaio
Argumento | José Sampaio e Roberta Martinho
Produção Executiva | Oiya Prod. Culturais
Direção de Fotografia | Leonardo Virno
Montagem | José Sampaio
Trilha Original |. Sérgio Kafejian
Empresa Produtora | StudioIntro
Documentário / HD/ Cor/ 21 minutos
Lista de atalhos do teclado para caracteres especiais
Alt+1= ☺ Alt+2= ☻ Alt+3= ♥
Alt+4= ♦ Alt+5= ♣ Alt+6= ♠
Alt+7= • Alt+8= ◘ Alt+9= ○
Alt+10= ◙ Alt+11= ♂ Alt+12= ♀
Alt+13= ♪ Alt+14= ♫ Alt+15= ☼
Alt+16= ► Alt+17= ◄ Alt+18= ↕
Alt+20= ¶ Alt+21= § Alt+22= ▬
Alt+23= ý Alt+24= ↑ Alt+25= ↓
Alt+26= → Alt+27= ← Alt+28= ∟
Alt+29= ↔ Alt+30= ▲ Alt+31= ▼
Alt+42= * Alt+127= ⌂ Alt+139= ï
Alt+140= ¥ Alt+143= Å Alt+145= æ
Alt+146= Æ Alt+155= ø Alt+156= £
Alt+157= Ø Alt+158= × Alt+159= ƒ
Alt+166= ª Alt+167= º Alt+168= ¿
Alt+169= ® Alt+170= ¬ Alt+171= ½
Alt+172= ¼ Alt+173= ¡ Alt+174= «
Alt+175= » Alt+176= ░ Alt+177= ▒
Alt+178= ▓ Alt+179= │ Alt+180= ┤
Alt+182= Â Alt+183= À Alt+184= ©
Alt+185= ╣ Alt+186= ║ Alt+187= ╗
Alt+188= ╝ Alt+189= ¢ Alt+190= ¥
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Alt+202= ╩ Alt+203= ╦ Alt+204= ╠
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Alt+218= ┌ Alt+219= █ Alt+220= ▄
Alt+221= ¦ Alt+222= Ì Alt+223= ▀
Alt+225= ß Alt+230= µ Alt+231= þ
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Alt+244= ¶ Alt+245= § Alt+247= ¸
Alt+248= ° Alt+249= ¨ Alt+250= •
Alt+251= ¹ Alt+252= ³ Alt+253= ²
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Xilogravura, uma das mais antigas técnicas de impressão do mundo
Rótulo da cachaça "Engenho Açoriano", xilogravura, por volta de 1700
A xilogravura adentrou o Brasil através da colonização portuguesa. (Além desta técnica estar intimamente ligada à tradição cordelista brasileira, durante muito tempo a xilo foi também utilizada no Brasil para a confecção dos primeiros rótulos de cachaça, sabonetes e doces). Os primeiros poetas populares que narravam as sagas da literatura de cordel começaram a surgir a partir de 1750. Analfabetos em sua grande maioria, eles recitavam suas histórias nas feiras ou nas praças, às vezes, acompanhadas por música de violas, muito similar à tradição européia.
"Os Dez réis do Governo", folheto raro do poeta Leandro Gomes de Barros, 1907
Os primeiros cordéis brasileiros eram publicações de folhetos de versos de no máximo oito páginas, impressas em papel barato. Este tipo de publicação popularizou-se no período da inserção da indústria gráfica no sertão, isso por volta da década de 1960-70. A fotografia não conseguia penetrar no imaginário sertanejo e isso fez a xilogravura reinventar-se, transformando-se na técnica que melhor retratava o fantástico. A imagem acima refere-se a um folheto muito raro datado do início do século 20. No texto, seu autor Leandro Gomes de Barros (considerado por muitos com o pioneiro do cordel no Brasil) abordava a abusiva cobrança dos impostos durante a República Velha.
"A Perna Cabeluda - Prenúncios da Besta-Fera", de Guaipuan Vieira
"O Encontro de Lampião com a Negra dum Peito Só", de José Costa Leite
"Um Mosquito no Motel", de José Costa Leite
Devido ao desenvolvimento de técnicas de impressão mais modernas, assim como aconteceu na Europa, a xilogravura aplicada ao cordel começou a perder terreno no Brasil. Nas artes plásticas, os gravuristas brasileiros Lasar Segall e Osvaldo Goeldi foram os pilares iniciais que desenvolveram a xilogravura artística. Através de pesquisas sobre o cordel (sua origem e, principalmente, sua importância no contexto sociocultural brasileiro) diversos estudiosos e folcloristas como Câmara Cascudo trouxeram um olhar mais atento sobre a literatura cordelista. A partir de então, diversos outros gravuristas surgiram, como Gilvan Samico, Carlos Scliar, J. Borges, José Lourenço, Mestre Noza, Abraão Batista e José Costa Leite. Em cem anos, o Brasil publicou cerca de 20.000 folhetos de cordel, embora em pequenas tiragens (entre 100 e 200 exemplares cada).
"Abandono", xilogravura de Oswaldo Goeldi, 1937
"Feriado", xilogravura de Lasar Segall, 1920
Na rica produção cordelista nordestina há uma grande variedade de temas, que refletem a vivência popular, desde problemas atuais, além de contos e lendas medievais. Um bom exemplo do sincretismo cultural presente na essência da literatura de cordel brasileira é a música Pavão Mysteriozo, do cantor e compositor cearense Ednardo, que tem como referência a obra cordelista O Romance do Pavão Misterioso, escrita ao final dos anos 1920 por José Camelo de Melo Rezende. Em 1976, a música de Ednardo (vídeo abaixo) foi trilha sonora da novela Saramandaia, de Dias Gomes, veiculada pela Rede Globo. A obra em cordel de Pavão Misterioso foi inspirada no conto popular do Oriente Médio Mil e Uma Noites.
"As Mil e Uma Noites" - Scheherazade e Xeriar (Shariar)
"O Pavão Misterioso em Quadrinhos", de José Camelo; ilustrações de Sérgio Lima, Editora Luzeiro, 2010
Mais de uma década após o sucesso de "Saramandaia", foi fundada em 1988 a ABLC (Academia Brasileira de Literatura de Cordel), no Rio de Janeiro. O objetivo era reunir os expoentes deste gênero no Brasil. O poeta Gonçalo Ferreira da Silva capitaneou a fundação no Rio que, com apoio da Federação das Academias de Letras no Brasil, culminou com a aquisição de sede própria.
"Mudança de Sertanejo", de J. Borges, 1999
"O devorador de estrelas", de Samico, 1999
O projeto História do Brasil em Cordel (EDUSP, 1998) reuniu mais de 300 folhetos que narram em Cordel a história de nosso país. O autor Mark Curran traz uma reflexão sobre a temática cordelista, sua história, estrutura formal e seus principais autores. Tendo a literatura de cordel do Brasil como o reflexo dos anseios e sonhos do povo, vemos que a adoção da xilogravura como técnica de impressão destes folhetos no Brasil não se deu apenas por sua relativa facilidade de execução, como também por ser esta a técnica que permitiu reinventar epopéias, criando universos fantásticos que até hoje ratificam nossa fusão cultural e riqueza do folclore popular.
© obvious: http://lounge.obviousmag.org/anna_anjos/2012/10/xilogravura-a-arte-em-madeira---parte-2.html#ixzz3MHU6ACDu Follow us: obviousmagazine on Facebook
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