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Tipos de dobras: conheça os 8 principais e aprenda a usá-los

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tipos de dobras

Se existe um desafio para os profissionais gráficos, especialmente na primeira vez, é a escolha certa dos tipos de dobras a utilizar em suas peças impressas. Para que você forneça o material adequado à proposta do cliente, é fundamental conhecer e entender suas variadas formas de utilizações.

Eles são muitos, e uma mesma dobra pode ser conhecida por diferentes nomes. Pensando nessa confusão inicial e visando ajudar você na montagem e no adequado orçamento dos seus materiais gráficos, preparamos esse post com especificações sobre os tipos de dobras e onde costumam ser mais usados.

Conheça agora os 8 principais tipos de dobras e aprenda a usá-los!

Como escolher o tipo de dobra?

A escolha da dobra não deve ser aleatória. Como todo projeto, essa etapa é parte fundamental do planejamento. Antes de escolher que tipo de dobra você utilizará, é importante pensar e responder algumas questões.

Por exemplo: onde o material será utilizado? Do que se trata a empresa contratante? Que conteúdo está sendo divulgado? Qual público será atingido com esse material?

As respostas para essas perguntas podem orientá-lo melhor no processo de escolha, diante da grande variedade que mostraremos a seguir.

Quais são os 8 principais tipos de dobras?

As dobras são fundamentais nos materiais gráficos. Atendem a diferentes objetivos e transformam uma peça simples em algo diferenciado, até mesmo com efeitos criativos.

Para acabar com suas dúvidas de uma vez, continue a leitura e fique por dentro dos tipos de dobras mais utilizados no mercado.

1. Dobra simples

Prancheta-1 Tipos de dobras: conheça os 8 principais e aprenda a usá-los

Esse é o tipo mais comumente utilizado. Também conhecida como dobra central ou dobra ao meio, se dá exatamente no centro de um material, resultando em duas partes perfeitamente iguais, lado a lado.

Pode ser aplicada tanto em tamanhos menores como nos maiores. O interessante é que seja conveniente à leitura do seu conteúdo. É comum encontrá-la em materiais como convites e cardápios, por exemplo.

2. Dobra tipo sanfona

Prancheta-1 Tipos de dobras: conheça os 8 principais e aprenda a usá-los

Também chamada de zigue-zague, permite a acomodação de um maior número de informações em um mesmo espaço de papel, que é dobrado paralelamente, duas ou mais vezes.

Enquanto a dobra simples apresenta uma face interna e a externa (ou 4 páginas), a sanfona aumenta essas possibilidades na frente e no verso do material. E, consequentemente, o número de páginas. É ideal para programações de espetáculos e eventos, informativos de promoções e folders destinados ao público em geral.

3. Dobra tipo carteira

Prancheta-1 Tipos de dobras: conheça os 8 principais e aprenda a usá-los

É a que abre duas vezes para o lado externo. Na primeira abertura, traz acesso ao conteúdo. A segunda parte abre como um pedaço do verso. Dessa forma, as informações são apresentadas de maneira gradual para o leitor. Normalmente é feita em uma tira única e contínua de papel, mas também pode ser feita a partir de um conjunto de folhas individuais.

Esse tipo de dobra pode ser aproveitado para a programação de eventos internos. É ideal para a divulgação de novos produtos ou serviços, surpreendendo o leitor com a apresentação do conteúdo progressivamente.

4. Dobra em cruz

Prancheta-1 Tipos de dobras: conheça os 8 principais e aprenda a usá-los

Se existir a necessidade de dobrar um folder na horizontal e ainda na vertical, a dobra em cruz é a mais indicada. O nome se dá, portanto, quando o papel é completamente aberto e o desenho da sua dobradura é o de uma cruz, com o centro no meio do papel. Pode ser empregada em materiais como cartilhas, folhetos ou panfletos com maior número de informações.

5. Dobra em cruz sanfona

Prancheta-1 Tipos de dobras: conheça os 8 principais e aprenda a usá-los

A união de dois tipos anteriormente citados resulta na chamada dobra em cruz sanfona. É feita sobre uma dobra paralela, de maneira assimétrica, em forma de zigue-zague. Também é conhecida como dobra francesa.

É bastante utilizada na produção de cadernos de quatro páginas (não refilados) na área editorial. Para dar maior volume às páginas, também é possível encadernar o material.

6. Dobra em cruz carteira

Prancheta-1 Tipos de dobras: conheça os 8 principais e aprenda a usá-los

Se a ideia é ter um impresso com várias faces, a dobra em cruz carteira é a sua escolha. Para conteúdos mais extensos, essa combinação também é indicada. É outro exemplo muito empregado para a criação de cadernos na área editorial, aproveitando ao máximo uma folha de papel.

7. Dobra tipo janela

Prancheta-1 Tipos de dobras: conheça os 8 principais e aprenda a usá-los

Apresenta uma folha com quatro faces, de forma que as duas abas sejam dobradas para dentro, juntando-se à lombada, mas sem que se sobreponham. Duas partes simétricas abrem, a fim de mostrar um conteúdo em um espaço maior.

É utilizada em revistas, quando a ideia é ter mais espaço para a apresentação de uma foto grande. Também é usada em apresentações formais e para dar ênfase em produtos e serviços.

8. Dobra enrolada

Prancheta-1 Tipos de dobras: conheça os 8 principais e aprenda a usá-los

Nesse tipo de dobra, cada face é menor, progressivamente, sendo dobrada por dentro da que vem a seguir. Também é chamada de dobra irregular, por não centralizar as dobras, como nos exemplos anteriores. Fornece um design original ao material e é interessante de ser utilizada em folhetos.

Qual a forma certa de sinalizar as dobras e enviar para impressão?

A dobra é o acabamento que muda o formato do papel impresso. Com uma dobra simples, por exemplo, uma folha em tamanho A3 no formato fechado se transforma em uma folha A4. Por essa razão, é fundamental sinalizar a existência dela ao enviar o material para impressão. A dobra deve ser indicada no material por meio de traços pontilhados.

Nunca se esqueça da margem de segurança

Todo material que apresente dobras ou os demais acabamentos deve ser sinalizado, com atenção às margens de segurança para todo o conteúdo (textos, ilustrações, etc.). Isso porque, quando a máquina faz uma dobra, pode apresentar variação em torno de 2 a 3 milímetros lateralmente.

Se não existir uma margem de segurança, um elemento importante, como o texto, poderá ser cortado. Tenha pelo menos 5 milímetros de margem de segurança. E, de preferência, realize testes prévios com dobras à mão, para garantir que o resultado saia correto.

Considere o vinco para papéis mais grossos

O processo que reforça a dobra do material é chamado de vinco. É indicado para papéis com a gramatura mais alta, por trazerem maior resistência. Ou seja, pode ser que esses papéis “quebrem” quando a dobra for feita. Pense, por exemplo, no papelão ao ser dobrado.

Escolher a dobra certa requer tempo e atenção, para que o resultado apresente a melhor qualidade. Com todas essas informações sobre tipos de dobras, certamente seu trabalho gráfico ficará mais bem-feito e escolhido adequadamente para seu cliente, não é? Lembrando que todas as dobras que citadas neste artigo, podem ser facilmente produzidas pela Gráfica KWG. Se o seu material possui algum tipo de dobra entre em contato conosco e solicite um orçamento.

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GUIA DE EDIÇÃO DE BALÕES E TEXTOS PARA HISTÓRIAS EM QUADRINHOS

INTRODUÇÃO


Embora frequentemente deixados em segundo plano, os balões e textos são elementos gráficos essenciais para um projeto de histórias em quadrinhos. As escolhas de formas e tipos deve proporcionar não somente legibilidade e clareza à narrativa, mas também harmonizar-se intimamente com o estilo de desenho e colorização das páginas, conferindo uma unidade gráfica e estética ao projeto. Assim, é importante levar em consideração alguns pontos técnicos que são importantes para este fim, e que podem ser um bom ponto de partida para um letreiramento eficiente. Naturalmente, as escolhas de ordem estética devem ser pensadas caso a caso, de acordo com a história e estilo gráfico de cada projeto.

GABARITO OU TEMPLATE

Para manter um controle sobre o tamanho das páginas e, consequentemente, dos textos e balões de modo a que o trabalho tenha legibilidade no seu formato impresso, é necessário trabalhar com formatos definidos. A esta formatação feita já no papel dá-se o nome de templates ou gabaritos, e para determiná-la é necessário decidir previamente qual será o tamanho final da publicação.
Comercialmente, os formatos que otimizam o uso de papel e o preço de impressão são os seguintes:
14 cm x 21 cm21 cm x 21 cm
15 cm x 15 cm21 cm x 28 cm
16 cm x 23 cm22 cm x 30 cm
18 cm x 18 cm40 cm x 66 cm

MARGENS: SANGRIA, CORTE E ÁREA DE SEGURANÇA

É importante que o gabarito ou template traga ainda a marcação de margens de sangriacorte e área de segurança do formato. A margem de sangria é o intervalo até onde os elementos gráficos devem se estender (“sangrar”) para que, após o corte final, fiquem no limite da página. A linha de corte é onde a página será aparada, tirando sobras, e a área de segurança é onde devem estar contidas todas as informações essenciais que não podem ser cortadas (como desenhos ou textos).




detalhes-do-gabarito_2
figura 1. Exemplo de gabarito com detalhes de margens e linha de corte

Assim, o primeiro passo é inserir a página no gabarito ou template afim de adequar todas as páginas ao mesmo formato.
Exemplo de medidas para um gabarito ou template:
Formato da área imprimível (de segurança) original: 27 cm x 38 cm
Formato final da área imprimível (de segurança): 19 cm x 26,8 cm
Formato final da publicação: 22 cm x 30 cm
Margem de corte (sangria): 0,5 cm
Margem direita e esquerda: 1,5 cm
Margem superior: 1,8 cm
Margem inferior: 1,3 cm




gabarito
Figura 2. Exemplo de gabarito ou template de projeto com as medidas de formato final.

IMPORTANTE!

É recomendável já inserir os storyboards do projeto no gabarito e fazer, nessa etapa, a colocação de balões e textos. Desta maneira, pode-se verificar não só se há espaço suficiente para textos e balões, mas também aspectos narrativos de conjunto como encadeamento de cenas, virada de página e composição de cada quadro.




gabarito-com-storyboard
Figura 3. Gabarito ou templete com storyboard inserido na área imprimível. A partir deste modelo deverá ser feita a inserção do balões e textos.

SENTIDO DE LEITURA OCIDENTAL

O sentido de leitura de leitura deve ser sempre respeitado para manter a clareza da ordem dos diálogos, ou seja, de cima para baixo, e da esquerda para a direita.




sentido-de-leitura
Figura 4. Exemplo do trecho de uma página (“Beco do Rosário”, vol. 1, pág. 34) mostrando a distribuição dos balões em função do sentido de leitura: da esquerda para a direita, de cima para baixo.

ESPECIFICAÇÕES DE BALÕES E TEXTO

É interessante fazer uma pequena ficha com as especificações de fonte e formato de balões que serão usados no projeto, como neste exemplo:

Fonte: ArtistsAlley BB Regular
Tamanho da fonte: 12 pt
Espaçamento entre-linhas: 11 pt
Cor da fonte: preto 100%
Formato dos balões: redondos (diálogos) e retangulares (descrições e narrações)
Cor do contorno: preto 100%
Espessura do contorno: 1 pt, Variable Width 2
Cor do preenchimento: Branco




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Figura 5. Configurações de preenchimento e espessura dos balões no Adobe Illustrator CS6.
retangulares-e-rendondos-beco-do-rosario-pag-24
Figura 6.. Balões redondos para diálogo e retangulares para locução narrativa. Há problemas de alinhamentos e falta de espaço de “respiro” em alguns balões. “Beco do Rosário”, vol. 1 pág.24

ALINHAMENTO E QUEBRAS DE TEXTO:
DAR FORMA AO TEXTO E AO BALÃO

Para facilitar a acomodação do texto ao balão, deve-se partir de uma diagramação adequada do primeiro. No caso de balões redondos, é importante buscar uma distribuição do texto tornando seu alinhamento centralizado, e quebrando as linhas quando for necessário para que a sua distribuição fique o mais próximo possível de uma forma elíptica proporcional à do balão.


REGULARIDADE DE ESPAÇAMENTO & RESPIRO

Também é importante manter um espaçamento entre-linhas proporcional ao tamanho da fonte e do texto. O espaço de “respiro” entre o texto e a borda do balão é absolutamente necessário para a legibilidade no formato final:




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Figura 9. Em amarelo, o espaço de “respiro” necessário entre os limites do texto e a borda do balão

DISPOSIÇÃO DO TEXTO

Nos balões redondos, deve-se centralizar e distribuir o texto o mais próximo possível da forma do balão que o contém. Nos balões retangulares, pode-se alinhar o texto à direita ou à esquerda, conforme melhorar o aproveitamento do espaço.
Não separar palavras.  Observar o espaço de respiro entre o texto e contorno do balão.




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Figura 10. Balão redondo com texto acompanhando a forma do balão e com parágrafo centralizado. Figura 11. Balão retangular com texto acompanhando suas proporções e disposto em parágrafo justificado.

FORMAS DOS BALÕES


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Figura 7. Diagramação de texto [1] inadequada ao formato do balão: bloco retangular em balão redondo. Figura 8. Diagramação de texto adequada ao formato do balão: boco redondo em balão redondo.

É interessante evitar balões redondos muito alongados horizontal ou verticalmente, e buscar um equilíbrio de proporções mais próximo do retangular 3:4. Já os balões retangulares podem ser mais alongados vertical ou horizontalmente sem perda de espaço útil.

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Figura 12. Balão muito alongado horizontalmente. Figura 13. Balão com proporção equilibrada

Pode-se acoplar balões aos requadros para economizar espaço. Neste caso, pode-se alinhar o texto à esquerda ou à direita conforme o lado do requadro a que está unido.




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Figura 14. Balão acoplado ao requadro direito, com parágrafo centralizado. Figura 15. Balão acoplado ao requadro superior, com parágrafo centralizado.

FORMA DAS PONTEIRAS

As ponteiras dos balões devem ser discretas e apontar claramente para a personagem que está falando, bem como proporcionais aos balões a que estão conectadas.




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Figuras 16 e 17. Exemplos de ponteiras proporcionais e bem inseridas nos balões.

INSERÇÃO DAS PONTEIRAS

A inserção das ponteiras nos balões deve ser feita de modo que o todo fique proporcional, evitando ambiguidades na forma. Para isso, deve-se buscar inserir a ponteira de modo a que fique mais perpendicular ao contorno do balão, deixando a silhueta do conjunto mais legível.




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Figura 18. Exemplo de inserção de ponteira no extremo inferior do balão, deixando a forma confusa. Isso pode ser corrigido inserindo a ponteira numa parte da curva em que o contorno da ponteira e do balão fiquem com uma silhueta clara e bem definida. Figura 19. Exemplo de inserção da ponteira em posição mais distante do que é necessário à clareza de leitura. Da mesma forma, há pouco respiro entre o texto e a borda do balão.

Em suma, é importante procurar manter uma regularidade na proporção e na inserção das ponteiras, criando um padrão para todo o projeto.

 FORMATO DOS ARQUIVOS DE BALÕES E TEXTOS

Os arquivos de textos e balões podem ser feitos em diversos formatos, porém os formatos vetoriais trazem vantagens, como a facilidade de edição e a sua independência de uma resolução específica, podendo ser facilmente adaptados em tamanhos diferentes.
Arquivos-fonte: .ai (Adobe Illustrator)
Arquivos finais: .ai (Adobe Illustrator) ou .psd (Adobe Photoshop; em camadas separadas e resolução de rasterização de 1200dpi)

Bibliografia:

[1] OLIVEIRA, Andradina de. O Perdão. Florianópolis: Editora Mulheres, 2010. P. 142.

PDF GUIA DE EDIÇÃO DE BALÕES E TEXTOS

Fonte: https://becodorosario.com/2016/12/15/guia-de-edicao-de-baloes-e-textos-para-historias-em-quadrinhos/