Quando um ilustrador passa a ser profissional

"Estes e mais textos no site do ilustrador Flavio Roberto Mota" www.flaviormota.kit.net

Quando tem domínio de várias técnicas e estilos, a ponto de poder suprir a necessidade dos clientes.

Quando se torna responsável o suficiente para vestir a camisa dos seus clientes e transmitir a eles a segurança necessária.

Quando aprende a cobrar valores justos ao invés de fazer trabalho na faixa ou em troca de mais trabalho, quando aprende o valor do seu trabalho.

Quando começa a fazer questão de qualidade no seu trabalho e quando percebe que somente com material de qualidade se faz um bom trabalho.

Quando abre empresa própria, paga imposto, emite nota e se regulariza fiscalmente.

Quando começa a encarar o desenho como profissão séria, se torna ilustrador.

Quando aprende a ter ética com relação aos seus companheiros de profissão, sem derrubá-los com concorrência desleal.

Manifesto à Lei de Direitos Autorais

Excelentíssimas Presidenta e Ministra,

Venho através deste documento representar mais de mil profissionais da área de ilustração, que desenvolvem trabalhos de criação artística e intelectual e investem tempo e dinheiro se especializando para criarem imagens que compõem livros didáticos e literários, cartilhas, e as mais diversas peças gráficas. A ilustração vem se tornando cada vez mais o ofício de muitos. Uma profissão que existe há séculos e até hoje não recebe o devido reconhecimento. Para preservar os poucos direitos já adquiridos os profissionais desta área vêem se unindo e lutando por melhorias na profissão.

Nosso maior direito até então conquistado é o “Direito de Uso de Imagem” que se enquadra como “Direitos Autorais”. Um direito que garante que nós, ilustradores, obtenhamos uma parcela ainda que mínima nas edições e reedições de projetos em que estivemos envolvidos e em que empenhamos todo o nosso poder de criação, desenvolvendo um trabalho artístico, intelectual e único. Direito esse que complementa nossa renda e assegura que recebamos por nosso trabalho enquanto este estiver sendo veiculado e gerando lucro para empresas, sejam elas editoras, revistas, jornais e etc.

A ilustração é uma linguagem que possui o poder de se comunicar com todos, despertando inúmeras interpretações e sentidos e estimulando a imaginação e a criatividade. Forma opinião e estimula o leitor, complementando e agregando valor aos textos. Por isso, os profissionais da área de ilustração precisam ser mais bem reconhecidos. A regulamentação da profissão é ainda o nosso principal objetivo e a nossa maior luta. E a manutenção do direito autoral é uma forma de fortalecer a nossa profissão, é conservando os direitos já adquiridos que alcançaremos e conquistaremos nossos maiores objetivos. Simplesmente retirar de nossas mãos esse direito é “pisar” em quem fomenta o mundo cultural e artístico do país, é não se importar com milhões de trabalhadores que dependem dessa profissão para sobreviver.

Lutar pelos nossos direitos autorais é uma maneira de defendermos o que é nosso e de nossos herdeiros, uma forma de garantir que o que foi criado através da nossa capacidade artística e intelectual seja valorizado enquanto estiver sendo usado. É nosso dever lutar para que não seja “jogado fora” tudo que foi produzido durante anos. Se vocês desejam acabar com este direito para unificar e democratizar toda a criação, o que será dos pensadores e criadores uma vez que essa é a sua profissão e precisam receber para isso? Se toda a criação for reutilizada de maneira arbitrária a qualidade despencará e os profissionais sumirão, tornando o Brasil um país pobre de sabedoria e intelectualidade. Precisamos conservar as criações e pensadores de todas as artes.

Neste caso defendo a área da ilustração e os profissionais ilustradores. Veja os livros que vocês compram para si mesmos, para seus filhos, sobrinhos, netos... Pense que em cada traço que ali está, há uma alma criativa por trás, que possibilita que vocês, leitores, entrem no mundo da imaginação e da fantasia. Quantas crianças e analfabetos podem “ler” os livros através apenas de suas imagens. Com certeza esse profissional precisa ser bem recompensado e motivado para continuar realizando seu trabalho com todo empenho possível e, para isso, seus direitos têm que ser “preservados” e não destruídos e descartados.

Atenciosamente,

Bruno Grossi (Begê Ilustrador) & Diane Mazzoni
Editores do Portal do Ilustrador

Carta aberta da AEILIJ à Ana de Hollanda


Exma Ministra da Cultura

Sra. Ana de Hollanda,

Ilma. Ministra,

A Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil (AEILIJ) vem manifestar total apoio às declarações de V. Exa. sobre as mudanças na Lei de Direitos Autorais. A posição adotada por esta Administração traz grande alento aos autores que, finalmente, veem o MinC preocupar-se em respeitar os direitos dos autores de obras artísticas e intelectuais. A orientação política delineada por V. Exa. vem ao encontro das demandas que apresentamos ao v. antecessor, e divulgadas em nossas publicações e cartas há muito tempo.

A AEILIJ tem participado da Câmara Setorial do Livro, Leitura e Literatura por alguns anos e em diversas ações do MinC. Em 2010 publicamos na edição nº 14 de nosso boletim uma entrevista com Marcos Alves de Souza, da Diretoria de Direitos Intelectuais do MinC, que nos garantiu que nenhuma cláusula lesiva aos direitos dos autores passaria no anteprojeto de Lei. Como pudemos constatar, não foi bem isso o que aconteceu. O parágrafo único do artigo 46 da minuta proposta pela antiga gestão do MinC, por exemplo, fere todos os nossos direitos ao permitir o uso quase ilimitado do nosso trabalho sem autorização e remuneração.

Tornamos público nosso apoio e colaboração à corajosa iniciativa de V. Exa., na certeza de que defendemos a sobrevivência artística e profissional dos autores que representamos, assim como à democratização da Literatura no Brasil.

Atenciosamente,

Anna Claudia Ramos
Presidente da Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil
www.aeilij.org.br

Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil
www.aeilij.org.br – comunicacao@aeilij.org.br

Descoberta de um Universo: A Evolução do Desenho Infantil

"Este texto é de Thereza Bordoni." Consultora, palestrante, pesquisadora e articulista educacional. Doutoranda e Mestre em Educação.


"Antes eu desenhava como Rafael,
mas precisei de toda uma existência
para aprender a desenhar como as crianças".
(Picasso)



Os primeiros estudos sobre a produção gráfica das crianças datam do final do século passado e estão fundados nas concepções psicológicas e estéticas de então. É a psicologia genética, inspirada pelo evolucionismo e pelo princípio do paralelismo da filogênese com a ontogênese que impõe o estudo científico do desenvolvimento mental da criança (Rioux, 1951).

As concepções de arte que permearam os primeiros estudos estavam calcadas em uma produção estética idealista e naturalista de representação da realidade. Sendo a habilidade técnica, portanto, uma fator prioritário. Foram poucos os pesquisadores que se ocuparam dos aspectos estéticos dos desenhos infantis.

Luquet (1927 - França) fala dos 'erros' e 'imperfeições' do desenho da criança que atribui a 'inabilidade' e 'falta de atenção', além de afirmar que existe uma tendência natural e voluntária da criança para o realismo.

Sully vê o desenho da criança como uma 'arte embrionária' onde não se deve entrever nenhum senso verdadeiramente artístico, porém, ele reconhece que a produção da criança contém um lado original e sugestivo. Sully afirma ainda que as crianças são mais simbolistas do que realistas em seus desenhos (Rioux, 1951).

São os psicólogos portanto, que no final do século XIX descobrem a originalidade dos desenhos infantis e publicam as primeiras 'notas' e 'observações' sobre o assunto. De certa forma eles transpõem para o domínio do grafismo a descoberta fundamental de Jean Jacques Rousseau sobre a maneira própria de ver e de pensar da criança.

As concepções relativas a infância modificaram-se progressivamente. A descoberta de leis próprias da psique infantil, a demonstração da originalidade de seu desenvolvimento, levaram a admitir a especificidade desse universo.

A maneira de encarar o desenho infantil evolui paralelamente.

Modo de expressão próprio da criança, o desenho constitui uma língua que possui vocabulário e sua sintaxe. Percebe-se que a criança faz uma relação próxima do desenho e a percepção pelo adulto. Ao prazer do gesto associa-se o prazer da inscrição, a satisfação de deixar a sua marca. Os primeiros rabiscos são quase sempre efetuados sobre livros e folhas aparentemente estimados pelo adulto, possessão simbólica do universo adulto tão estimado pela criança pequena.

Ao final do seu primeiro ano de vida, a criança já é capaz de manter ritmos regulares e produzir seus primeiros traços gráficos, fase conhecida como dos rabiscos ou garatujas ( termo utilizado por Viktor Lowenfeld para nomear os rabiscos produzidos pela criança).

O desenvolvimento progressivo do desenho implica mudanças significativas que, no início, dizem respeito à passagem dos rabiscos iniciais da garatuja para construções cada vez mais ordenadas, fazendo surgir os primeiros símbolos Essa passagem é possível graças às interações da criança com o ato de desenhar e com desenhos de outras pessoas. Na garatuja, a criança tem como hipótese que o desenho é simplesmente uma ação sobre uma superfície, e ela sente prazer ao constatar os efeitos visuais que essa ação produziu. No decorrer do tempo, as garatujas, que refletiam sobretudo o prolongamento de movimentos rítmicos de ir e vir, transformam-se em formas definidas que apresentam maior ordenação, e podem estar se referindo a objetos naturais, objetos imaginários ou mesmo a outros desenhos. Na evolução da garatuja para o desenho de formas mais estruturadas, a criança desenvolve a intenção de elaborar imagens no fazer artístico. Começando com símbolos muito simples, ela passa a articulá-los no espaço bidimensional do papel, na areia, na parede ou em qualquer outra superfície. Passa também a constatar a regularidade nos desenhos presentes no meio ambiente e nos trabalhos aos quais ela tem acesso, incorporando esse conhecimento em suas próprias produções. No início, a criança trabalha sobre a hipótese de que o desenho serve para imprimir tudo o que ela sabe sobre o mundo. No decorrer da simbolização, a criança incorpora progressivamente regularidades ou códigos de representação das imagens do entorno, passando a considerar a hipótese de que o desenho serve para imprimir o que se vê.

É assim que, por meio do desenho, a criança cria e recria individualmente formas expressivas, integrando percepção, imaginação, reflexão e sensibilidade, que podem então ser apropriadas pelas leituras simbólicas de outras crianças e adultos.

O desenho está também intimamente ligado com o desenvolvimento da escrita. Parte atraente do universo adulto, dotada de prestigio por ser "secreta", a escrita exerce uma verdadeira fascinação sobre a criança, e isso bem antes de ela própria poder traçar verdadeiros signos. Muito cedo ela tenta imitar a escrita dos adultos. Porém, mais tarde, quando ingressa na escola verifica-se uma diminuição da produção gráfica, já que a escrita ( considerada mais importante) passa a ser concorrente do desenho.

O desenho como possibilidade de brincar, o desenho como possibilidade de falar de registrar, marca o desenvolvimento da infância, porém em cada estágio, o desenho assume um caráter próprio. Estes estágios definem maneiras de desenhar que são bastante similares em todas as crianças, apesar das diferenças individuais de temperamento e sensibilidade. Esta maneira de desenhar própria de cada idade varia, inclusive, muito pouco de cultura para cultura.

Luquet Distingue Quatro Estágios:

1- Realismo fortuito: começa por volta dos 2 anos e põe fim ao período chamado rabisco. A criança que começou por traçar signos sem desejo de representação descobre por acaso uma analogia com um objeto e passa a nomear seu desenho.

2- Realismo fracassado: Geralmente entre 3 e 4 anos tendo descoberto a identidade forma-objeto, a criança procura reproduzir esta forma.

3- Realismo intelectual: estendendo-se dos 4 aos 10-12 anos, caracteriza-se pelo fato que a criança desenha do objeto não aquilo que vê, mas aquilo que sabe. Nesta fase ela mistura diversos pontos de vista ( perspectivas ).

4- Realismo visual: É geralmente por volta dos 12 anos, marcado pela descoberta da perspectiva e a submissa às suas leis, daí um empobrecimento, um enxugamento progressivo do grafismo que tende a se juntar as produções adultas.

Marthe Berson distingue três estágios do rabisco:

1 - Estágio vegetativo motor: por volta dos 18 meses, o traçado e mais ou menos arredondado, conexo ou alongado e o lápis não sai da folha formando turbilhões.

2 - Estágio representativo: entre dois e 3 anos, caracteriza-se pelo aparecimento de formas isoladas, a criança passa do traço continuo para o traço descontinuo, pode haver comentário verbal do desenho.

3 - Estágio comunicativo: começa entre 3 e 4 anos, se traduz por uma vontade de escrever e de comunicar-se com outros. Traçado em forma de dentes de serra, que procura reproduzir a escrita dos adultos.

Em Uma Análise Piagetiana, temos:

1 - Garatuja: Faz parte da fase sensório motora ( 0 a 2 anos) e parte da fase pré-operacional (2 a 7 anos). A criança demonstra extremo prazer nesta fase. A figura humana é inexistente ou pode aparecer da maneira imaginária. A cor tem um papel secundário, aparecendo o interesse pelo contraste, mas não há intenção consciente. Pode ser dividida em:

• Desordenada: movimentos amplos e desordenados. Com relação a expressão, vemos a imitação "eu imito, porém não represento". Ainda é um exercício.

• Ordenada: movimentos longitudinais e circulares; coordenação viso-motora. A figura humana pode aparecer de maneira imaginária, pois aqui existe a exploração do traçado; interesse pelas formas (Diagrama).

Aqui a expressão é o jogo simbólico: "eu represento sozinho". O símbolo já existe. Identificada: mudança de movimentos; formas irreconhecíveis com significado; atribui nomes, conta histórias. A figura humana pode aparecer de maneira imaginária, aparecem sóis, radiais e mandalas. A expressão também é o jogo simbólico.

2 - Pré- Esquematismo: Dentro da fase pré-operatória, aparece a descoberta da relação entre desenho, pensamento e realidade. Quanto ao espaço, os desenhos são dispersos inicialmente, não relaciona entre si. Então aparecem as primeiras relações espaciais, surgindo devido à vínculos emocionais. A figura humana, torna-se uma procura de um conceito que depende do seu conhecimento ativo, inicia a mudança de símbolos. Quanto a utilização das cores, pode usar, mas não há relação ainda com a realidade, dependerá do interesse emocional. Dentro da expressão, o jogo simbólico aparece como: "nós representamos juntos".

3 - Esquematismo: Faz parte da fase das operações concretas (7 a 10 anos).Esquemas representativos, afirmação de si mediante repetição flexível do esquema; experiências novas são expressas pelo desvio do esquema. Quanto ao espaço, é o primeiro conceito definido de espaço: linha de base. Já tem um conceito definido quanto a figura humana, porém aparecem desvios do esquema como: exagero, negligência, omissão ou mudança de símbolo. Aqui existe a descoberta das relações quanto a cor; cor-objeto, podendo haver um desvio do esquema de cor expressa por experiência emocional. Aparece na expressão o jogo simbólico coletivo ou jogo dramático e a regra.

4 - Realismo: Também faz parte da fase das operações concretas, mas já no final desta fase. Existe uma consciência maior do sexo e autocrítica pronunciada. No espaço é descoberto o plano e a superposição. Abandona a linha de base. Na figura humana aparece o abandono das linhas. As formas geométricas aparecem. Maior rigidez e formalismo. Acentuação das roupas diferenciando os sexos. Aqui acontece o abandono do esquema de cor, a acentuação será de enfoque emocional. Tanto no Esquematismo como no Realismo, o jogo simbólico é coletivo, jogo dramático e regras existiram.

5 - Pseudo Naturalismo: Estamos na fase das operações abstratas (10 anos em diante)É o fim da arte como atividade expontânea. Inicia a investigação de sua própria personalidade. Aparece aqui dois tipos de tendência: visual (realismo, objetividade); háptico ( expressão subjetividade) No espaço já apresenta a profundidade ou a preocupação com experiências emocionais (espaço subjetivo). Na figura humana as características sexuais são exageradas, presença das articulações e proporções. A consciência visual (realismo) ou acentuação da expressão, também fazem parte deste período. Uma maior conscientização no uso da cor, podendo ser objetiva ou subjetiva. A expressão aparece como: "eu represento e você vê" Aqui estão presentes o exercício, símbolo e a regra.

E ainda alguns psicólogos e pedagogos, em uma linguagem mais coloquial, utilizam as seguintes referencias:

• De 1 a 3 anos

É a idade das famosas garatujas: simples riscos ainda desprovidos de controle motor, a criança ignora os limites do papel e mexa todo o corpo para desenhar, avançando os traçados pelas paredes e chão. As primeiras garatujas são linhas longitudinais que, com o tempo, vão se tornando circulares e, por fim, se fecham em formas independentes, que ficam soltas na página. No final dessa fase, é possível que surjam os primeiros indícios de figuras humanas, como cabeças com olhos.

• De 3 a 4 anos

Já conquistou a forma e seus desenhos têm a intenção de reproduzir algo. Ela também respeita melhor os limites do papel. Mas o grande salto é ser capaz de desenhar um ser humano reconhecível, com pernas, braços, pescoço e tronco.

• De 4 a 5 anos

É uma fase de temas clássicos do desenho infantil, como paisagens, casinhas, flores, super-heróis, veículos e animais, varia no uso das cores, buscando um certo realismo. Suas figuras humanas já dispõem de novos detalhes, como cabelos, pés e mãos, e a distribuição dos desenhos no papel obedecem a uma certa lógica, do tipo céu no alto da folha. Aparece ainda a tendência à antropomorfização, ou seja, a emprestar características humanas a elementos da natureza, como o famoso sol com olhos e boca. Esta tendência deve se estender até 7 ou 8 anos.

• De 5 a 6 anos

Os desenhos sempre se baseiam em roteiros com começo, meio e fim. As figuras humanas aparecem vestidas e a criança dá grande atenção a detalhes como as cores. Os temas variam e o fato de não terem nada a ver com a vida dela são um indício de desprendimento e capacidade de contar histórias sobre o mundo.

• De 7 a 8 anos

O realismo é a marca desta fase, em que surge também a noção de perspectiva. Ou seja, os desenhos da criança já dão uma impressão de profundidade e distância. Extremamente exigentes, muitas deixam de desenhar, se acham que seus trabalhos não ficam bonitos.

Como podemos perceber o linha de evolução é similar mudando com maior ênfase o enfoque em alguns aspectos. O importante é respeitar os ritmos de cada criança e permitir que ela possa desenhar livremente, sem intervenção direta, explorando diversos materiais, suportes e situações.

Para tentarmos entender melhor o universo infantil muitas vezes buscamos interpretar os seus desenhos, devemos porem lembrar que a interpretação de um desenho isolada do contexto em que foi elaborado não faz sentido.

É aconselhável, ao professor, que ofereça às crianças o contato com diferentes tipos de desenhos e obras de artes, que elas façam a leitura de suas produções e escutem a de outros e também que sugira a criança desenhar a partir de observações diversas (cenas, objetos, pessoas) para que possamos ajudá-la a nutrisse de informações e enriquecer o seu grafismo. Assim elas poderão reformular suas idéias e construir novos conhecimentos.

Enfim, o desenho infantil é um universo cheio de mundos a serem explorados.

Referências Bibliográficas

LUQUET, G.H. Arte Infantil. Lisboa: Companhia Editora do Minho, 1969.

MALVERN, S.B. "Inventing 'child art': Franz Cizek and modernism" In: British Journal of Aesthetics, 1995, 35(3), p.262-272.

MEREDIEU, F. O desenho Infantil. São Paulo: Cultrix, 1974.

NAVILLE, Pierre. "Elements d'une bibliographie critique". In: Enfance, 1950, n.3-4, p. 310. Parsons, Michael J. Compreender a Arte. Lisboa: Ed. Presença, 1992.

PIAGET, J. A formação dos símbolos na Infância. PUF, 1948

RABELLO, Sylvio. Psicologia do Desenho Infantil. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1935.

READ, HEBERT. Educação Através da Arte. São Paulo: Martins Fontes, 1971.

RIOUX, George. Dessin et Structure Mentale. Paris: Presses Universitaires de France, 1951.

ROUMA, George. El Lenguage Gráfico del Niño. Buenos Aires: El Ateneo, 1947.

REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL. Ministério da Educação e do Desporto, secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998. 3v.

Como contratar um Ilustrador

"Este texto é de PAULO BRABO. Saiba mais sobre ele em www.e-brabo.com


Dilema Nº1: Foto ou ilustração?

Houve tempo em que toda a publicidade impressa era feita à base de ilustrações. Hoje em dia, depende.

Embora seja no fim das contas uma briga dura, uma ilustração pode por vezes transmitir uma determinada idéia com mais impacto e clareza do que uma fotografia. A ilustração aponta para o lado de dentro do cérebro: ela despe a mensagem de todos os acessórios não-essenciais e concentra-se no que você quer mostrar, dizer, transmitir. Uma incisão sensorial, por assim dizer - coisa cirúrgica.

Uma ilustração pode fazer um mascote melhor, um mapa mais legível, um apelo mais claro. A fotografia abre, a ilustração fecha. Fotografia é amor, ilustração é sexo - o que também quer dizer que podem idealmente conviver uma com a outra sem maiores problemas.



Dilema Nº2: Qual estilo?

Há os ilustradores que especializam-se num estilo ou dois e há os renascentistas - que querem abraçar o universo e exploram mútliplas possibilidades de estilo e de materiais empregados. O melhor ilustrador é o cara que consegue lidar com o estilo apropriado à sua mensagem e ainda deixar a coisa com um sabor único e muito pessoal.

Uma xilogravura, um bico de pena, uma aquarela, uma pintura a óleo ou um desenho a pastel? Cada mensagem exige o seu próprio estilo; um ilustrador confiável pode ajudá-lo a encontrar o estilo apropriado para a sua mensagem ou confirmar as suas suspeitas, se você já tiver alguma.



Dilema Nº3: Copyright - ou, de quem é e pra quem fica?


A não ser que fique estabelecido no contrato, o ilustrador permanece dono dos direitos de reprodução (copyright) do trabalho que faz. Você em geral compra o direito de usar determinada ilustração por determinado período de tempo e com determinado propósito. Se o tempo de uso previsto for prolongado, ou se você pensar em utilizar a mesma ilustração em outro meio, deve voltar ao ilustrador para discutir uma nova remuneração.

Exceções importantes são personagens, ilustrações de embalagens e mascotes, cujos direitos de reprodução um contrato deve prover que permaneçam para sempre com você. Fazer diferente pode ser arriscado.

O ilustrador pode ainda exigir crédito: ou seja, que em algum lugar junto da ilustração, onde quer que ela seja usada, uma pequena frase ou assinatura mostrem que foi ele que fez.



Dilema Nº4: Quanto custa?

Digamos que vale mais do que você vai acabar pagando.

Dito de outra forma, uma peça é em geral orçada a partir de dois critérios básicos: (1) complexidade e (2) aplicação.

(1) A complexidade depende do meio empregado (bico-de-pena, aquarela, pintura a óleo) e do grau de realismo da ilustração. Quanto maior o realismo, maior a complexidade.

(2) A aplicação mede onde você vai usar a ilustração que está pedindo. Aplicação restrita é usar a ilustração somente numa embalagem, numa capa de livro ou num cartão de visitas. Aplicação ampla é usar a ilustração no seu produto, em cartazes na sua empresa e numa campanha publicitária com direito a outdoor, peças de jornal e revista e inserções na televisão em rede nacional.

De modo geral, quanto menor a complexidade e menos ampla a aplicação, menos você tem de pagar.



Dilema Nº5: O preço da pressa: o fator "para-ontem"

A pressa é inimiga da negociação - uma ilustração feita para ontem pode custar muito mais caro do que, digamos, uma para amanhã. Dependendo do tamanho da pressa e do projeto, um ilustrador pode sentir-se à vontade para cobrar até 50% a mais do que cobraria em condições normais de temperatura e pressão. Você também é, naturalmente, livre pra procurar outro ilustrador que se submeta às suas exigências.



Dilema Nº6: Como saber se vai ficar como eu quero?

Em primeiro lugar, um ilustrador confiável vai saber dizer se o que você quer é realmente o que você precisa. Ouça o cara.

Dito isso, especialmente em se tratando de projetos grandes e custosos, o ilustrador pode requerer pelo menos uma remuneração parcial pelo trabalho que teve, caso você volte atrás no pedido ou resolva não aprovar a coisa.

Em geral, no entanto, você só paga pelo que aprova.

Para evitar a rejeição é fundamental um briefing bem passado - isso é, ilustrador e cliente conversarem até à plena satisfação sobre o que é preciso ser feito, como e quando. Se você aprovar o esboço que o ilustrador fez depois dessa conversa, e se ele se mantiver fiel ao esboço, espera-se que você aprove e pague.



Dilema Nº7: Qual é o trâmite?

Como tudo no mundo, a coisa começa com uma conversa sem compromisso. Você e o ilustrador conversam, discutem estilo, complexidade e aplicação e ele fica de te mandar um orçamento. Aprovado o orçamento e o prazo, o ilustrador faz um esboço do que tem em mente e manda pra você aprovar. Aprovado o esboço, o ilustrador faz o que você pediu, manda o trabalho (espera-se, dentro do prazo) e você (espera-se) aprova.

Você ou a sua agência de propaganda pagam o ilustrador, usam a imagem dentro dos limites combinados e ficam ricos e famosos.

Depois todo mundo se encontra pra tomar um cafezinho ou receber algum prêmio numa festa em que ninguém quer ir.

É o preço da fama.

O que é ser Ilustrador

"Este texto é de MARIO MANCUSO e foi publicado no site TuDiBão" www.tudibao.com.br



Olá, Pessoal

Neste post de estreia aqui no TuDiBão resolvi começar do início e falar um pouco do que é ser ilustrador.

Sim, sei que é importante falar sobre o que é ilustração e dela em si, não me esqueci disso, mas acredito que falando primeiro sobre o profissional, algo pouco abordado com a devida seriedade, falarei um pouco de ilustração.

Antes de tudo, derrubemos mitos e paradigmas: Ilustrador é uma profissão, geralmente autônoma, que envolve todas as obrigações, direitos e deveres de qualquer profissão: pagamos imposto, cumprimos horários, fazemos contrato e… trabalhamos! Saber ilustrar não é dom, nem mágica cósmica, mas muito preparo e estudo, ao longo de muitos anos…

Muita gente confunde ser ilustrador com desenhar ou pintar. Várias pessoas que gostam de desenhar se dizem ilustradores, assim como pintores também (geralmente amadores). Não é bem assim. Não se trata aqui de ser preconceituoso ou querer criar uma reserva de mercado, mas de entender que ilustração é um produto e o ilustrador é um prestador de serviço. Nós amamos o que fazemos, mas não fazemos por diversão: investimos dinheiro, temos contas a pagar e tiramos nosso sustento disso.

Para ficar mais claro, voltemos às definições: segundo a wikipedia, ilustração “é uma imagem pictórica, geralmente figurativa (representando algo material), utilizada para acompanhar, explicar, acrescentar informação, sintetizar ou, até, simplesmente decorar um texto”. Complementado, a ilustração é uma forma de comunicação imagética aplicada não só em textos, mas também em embalagens e anúncios.

A grande diferença está em que a ilustração é feita, na grande maioria das vezes, por encomenda segundo um briefing (conjunto de informações pertinentes que forma um tipo de ordem de serviço) determinado. Um pintor pode pintar o que quer, assim como um desenhista amador. Um ilustrador não, ele segue os ditames para os quais foi pago.

Claro, podemos opinar, temos nosso estilo e acrescentamos ou modificamos elementos, mas na ilustração estamos, essencialmente, produzindo um trabalho por encomenda para um determinado uso e local, que servirá a um propósito pré-concebido. A ilustração já nasce com um destino traçado e específico.

Agora fica mais claro entender como o ilustrador é um prestador de serviço, pois ele é chamado para cumprir uma função, desenvolver dado elemento segundo as necessidades do cliente, trazer soluções. Ele é um fornecedor dentro de uma cadeia estratégica que envolve desde a produção de um livro ou revista, até um anuncio de publicidade ou embalagem de determinado produto. Saber lidar com isso é ponto vital do cotidiano profissional.

Outra questão importante é postura profissional. Como disse acima, o ilustrador é um profissional com direitos e deveres. Gambiarras e truques como atuar sem contrato, sem nota fiscal, cobrar preços baixos, copiar outras imagens (fotos e desenhos), usar “efeitinhos mágicos” de software, usar material alheio, não respeitar compromissos, etc. impedem em afastam cada vez mais a pessoa de ser um profissional e adquirir respeito como tal. Esse tipo de “profissional” fica fadado aos piores trabalhos, com os piores clientes, que adoram lidar com amadores, pois eles próprios também não são profissionais.

Se você pensa em ser um ilustrador, tem que entender, antes de qualquer coisa, que isto é uma profissão e tem de pensar como tal: saber negociar, atender bem, cumprir prazos, ser ético, prospectar, etc. e sempre estudar e se aprimorar.

Desenhar ou pintar bem ajudará bastante, com certeza, e são grandes indicadores que você pode ter vocação para ser ilustrador. Se então, tomou a decisão de ser um, se prepare, estude bastante, não só arte, mas também como ser um profissional.

Futuramente, retornarei a este assunto com mais dicas e causos.

Abraços e bom carnaval !!!!


Mario Mancuso

Formado em arquitetura e mestre em Comunicação Social, trabalha há 15 anos com ilustrações para publicidade, histórias em quadrinhos institucionais e animações, tendo desenvolvido trabalhos para diversas editoras e agências no Brasil e exterior. Dá aulas de desenho artístico e quadrinhos e também leciona nas UNIP para os cursos de Com. Digital, sendo coordenador na Unidade Alphaville. Twitter:@mario_mancuso. Confira a apresentação completa dele.

Publicado no site TuDiBão - www.tudibao.com.br

Algumas considerações sobre a Ilustração na Literatura Infantil e Juvenil

"Estes e mais textos no site do ilustrador Anielizabeth" www.anielizabeth.blogspot.com

O texto abaixo faz parte da minha monografia. Sou Especialista em LIJ, pela UFRJ e concentrei meus estudos na ilustração, como não poderia deixar de ser.

“Nunca houve antes uma época como a nossa, em que a imagem visual fosse tão barata, em qualquer sentido que se tome a palavra. Estamos cercados, investidos, por cartazes e anúncios, por história em quadrinhos e ilustrações de revistas. Vemos aspectos da realidade representados nas telas de televisão e de cinema, em selos postais e embalagens de comida.”

(Gombrich)

Engana-se quem pensa que o que se lê acima foi dito há pouco tempo. Esta fala de Gombrich é do ano de 1959. A “banalização” da imagem da qual tanto se fala quando o assunto é ilustração é mais antiga do que se pensa.

Cada vez mais a ilustração encontra espaço na literatura infantil e isto, além de ser muito mais do que uma jogada do mercado editorial é um assunto que promove debates e discussões quando o assunto é o livro infantil. Ilustração é Literatura Infantil? É um elemento importante ou será apenas um adereço? Como se dá o diálogo escrita / imagem? O que é “ilustrar” um texto? Pode-se dizer quase que grosseiramente, que é diferente de uma pintura porque serve a um propósito, a uma solicitação, ou para comunicar uma idéia ou conceito através de uma linguagem não-verbal. A diferença da ilustração de um livro para uma tela pintada é que para a última, não há um propósito específico, é algo interpretativo. A comunicação é mais receptiva do que transmissiva. Na ilustração, ao contrário, existe uma mensagem, que precisa ser comunicada e recebida conforme o ilustrador a concebeu. Pode haver metáforas, comparações, sínteses, mensagens subliminares, códigos de comportamento ou regionalismos, mas o artista neste caso quer que o espectador entenda o que ele quis dizer. Será que ilustrar é traduzir o que o texto já diz? Será que é representar uma chave pronta e óbvia do que já foi apresentado pelo texto? A ilustração de um livro infantil encerra percepções, detalhes artísticos que precisam ser lidos. E esta leitura é algo bastante específico, que ultrapassa as barreiras do verbal e entra no campo da subjetividade tanto quanto o texto escrito.

A ideia de que as imagens estão substituindo as palavras para as atuais gerações, de que hoje é muito mais fácil ver o mundo de imagens do que se aventurar a ler as palavras, que o mundo está contaminado por um sem fim de imagens, tem sido muito disseminada. Mas pôde-se perceber, no início deste capítulo, que esta é uma idéia um tanto antiga. Há um hábito de quase culpar a imagem da relação estreita que ela estabelece com o leitor e do desapego do leitor à leitura da palavra escrita. Afinal, dizem, é muito mais fácil olhar para imagens rápidas e facilmente decodificáveis, do que se deter em uma leitura que irá tomar, no mínimo tempo. Tudo isso pode ser em parte, verdade, se estivermos nos referindo à massificação da mídia ou àquelas imagens, que são, em sua essência, planetárias, como as sinalizações em locais públicos, por exemplo. Mas não pode ser considerada verdade se o assunto for Literatura. Existem as imagens feitas para vender um produto e existem as imagens literárias. Aquelas que, dada à complexidade de sua criação, seus simbolismos e significados, levam à reflexão sobre a leitura, abrem portas para a imaginação, para a humanização das pessoas, conforme a ilustradora Regina Yolanda.

A ilustração do livro infantil não é aquilo que serve apenas para o pequeno leitor decifrar o texto. O livro é uma obra de arte que, mais do que educar pedagogicamente falando, tem o poder de desenvolver o potencial de sensibilidade presente no ser humano. O livro infantil é um produto bastante peculiar, pois conjuga interpretação de texto, projeto gráfico, inúmeras técnicas de ilustração, além dos mais diversos recursos das artes gráficas disponíveis.

Segundo Ricardo Azevedo,

“O texto escrito e as imagens constituem códigos diferentes dotados de recursos peculiares e por vezes incompatíveis... Além disso, textos literários tendem a ser plurissignificativos e possibilitar diferentes leituras o que, em princípio, desqualifica premissas como “mensagem” e “chave única de leitura”, ou seja, não combinam com a idéia de univocidade. Tais noções podem ser apropriadas para obras informativas e didáticas, mas não funcionam diante de textos que privilegiam a ficção e a linguagem poética”.

O livro infantil é uma invenção humana privilegiada, na medida em que lida com diferentes linguagens artísticas. A ilustração, assim como a literatura, deleita, comove, educa, uma vez que estimula a imaginação cada vez que se permite dialogar e criar vãos e nuances no livro, não se contentando em ser uma cópia desenhada do que está escrito, cada vez que vai além do que está escrito no texto, cada vez que se propõe a tocar a sensibilidade e contribuir para a intuição criadora do leitor, capaz de subjetividades desde a mais tenra infância. Mas para que isso seja verdade, é preciso ter sempre em foco a importância de se investir no aprimoramento artístico da ilustração, em detrimento da ilustração mercenária.

Um livro bem realizado, que conjugue texto e projeto gráfico bem planejado, aguça os sentidos do leitor.

Mas afinal, que relação é esta de encantamento com a imagem? Sabe-se que o ato de criação, em qualquer campo da arte, não se dá de forma leviana e impensada. Conscientemente ou não, surge de um intenso processo de pesquisa. Além das ‘imagens’ gravadas no arquivo mental de quem cria, há aquelas que surgem de um longo e detalhado processo de construção consciente: de época, lugar, texturas, intenções etc.

O livro infantil necessita de pesquisa, conhecimento técnico, projeto e metodologia, tanto na criação do texto, como na criação da ilustração.

E assim como qualquer produto comercial, necessita de marketing. Mas ainda que hoje em dia caiba ao ilustrador cuidar da qualidade estética, funcional e lúdica deste produto, de forma que estes fatores favoreçam seu marketing, seu trabalho ainda está muito mais próximo da criação literária do que do design. Afinal, não se pode perder de vista que o livro é uma obra de arte.

Não seria, então, o livro infantil, uma maneira de documentar a memória iconográfica de uma geração, tanto quanto imortaliza as tendências literárias? Não seria a literatura infantil uma poderosa aliada no combate à banalização das imagens e das comunicações tão observadas e comentadas? É necessário que o leitor treinado para ler códigos verbais seja preparado também para ver e decodificar a pluralidade de linguagens que no livro infantil se encontram e se articulam em uma espécie de tessitura.

Percebe-se, em muitas conversas e pensamentos sobre o assunto, o hábito de se justificar a presença ou existência da imagemna LIJ, fato que não ocorre com relação à escrita, como se a primeira não fosse uma expressão tão natural do ser humano como a segunda. No entanto, desde os primórdios da escrita que utilizamos hoje, texto e imagem coexistem. No caso do livro infantil, o ilustrador contrapõe a palavra escrita a um outro universo, que é o desenho, que também narra, e que é posto na frente das palavras para criar uma terceira coisa: o livro ilustrado. Portanto, o texto do livro ilustrado não é nem a palavra, nem a imagem: são as duas coisas juntas.

Anielizabeth

A diferença entre Ilustração e Desenho


"Texto de BEGÊ" 

Muitas vezes as pessoas perguntam qual é a diferença entre “ilustração” e “desenho”. Até profissionais na área se enrolam ao levantarem esta questão. Tento aqui, desvendar algumas curiosidades e segredos destas duas características que nos confundem bastante.
A ilustração geralmente é uma imagem figurativa podendo ser abstrata ou não, porém ela acompanha um caráter explicativo, com o objetivo de acrescentar informações, sintetizar, decorar ou representar visualmente um texto.

Em livros infantis, na maioria das vezes, a ilustração assume o papel mais importante, fazendo com que em uma só imagem o texto seja entendido, esse caso, em cada página. Claro que não diminuo nem excluo a grande importância do texto e do roteiro passado para o ilustrador, mas isto já é outro assunto.

A ilustração funciona como um material ligado a um objeto, no caso o texto. A ilustração é em sua maioria uma atividade profissional, pode ser encomendada por um cliente, seja ele quem for, gerando recursos financeiros ou não. Este é um trabalho conceitual que visa ilustrar qualquer assunto em qualquer método ou técnica.


O desenho é uma ilustração descompromissada, é um suporte artístico para qualquer assunto ou ideia. O trabalho feito da mesma forma que a ilustração, porém, sem nenhum objetivo ou texto é apenas um desenho, sendo bonito ou feio, com detalhes ou sem, com acabamento ou não. As formas que surgem do ponto linha ou plano divagam no suporte escolhido para o trabalho.

O trabalho do desenhista, na maioria das vezes, é bidimensional e também uma imitação da realidade podendo ser modificado e transformado com suas próprias características e técnicas usadas. O desenho também pode ser um esboço para uma ilustração. Pode ser a marcação da ideia para um conceito, assim deixando de ser desenho e passando a ser ilustração depois de concluído.



O termo desenho pode ser confundido, pois há muitas modalidades como desenho gráfico, arquitetônico, mecânico, artístico, projetivo, geométrico, modelo vivo entre outros. Por isso é complexo definirmos qual é o modelo certo para a palavra.

Neste caso, diferenciando o desenho da ilustração, creio que podemos ter como explicação o conceito e seu objetivo. A ilustração é um desenho com o objetivo de “ilustrar” algo.

História em Quadrinhos no Brasil

"Estes e mais textos no site do ilustrador Flavio Roberto Mota" www.flaviormota.kit.net

Eu não conheço ninguém no Brasil que faça quadrinhos para o mercado nacional e sobreviva disso. Se não se sustenta, então quadrinho no Brasil é algo mal sucedido. Pra mim, ser bem sucedido é ter condições de colocar comida na mesa. Eu, sinceramente não sei se a revista Chiclete com Banana dava algum lucro ou se a Piratas do Tietê também dava, mas com certeza a unica que teve condições reais de dar algum lucro foi a Chiclete com Banana e ainda assim porque era somente um cara que fazia tudo.

Até aonde eu sei o Front deve-se mais à coragem dos que a fazem do que pelo lucro que a revista gera. História em Quadrinhos no Brasil sofre do que eu chamo de "Mal do Gibi", que é aquela idéia que esse tipo de arte é voltada para crianças e adolescentes babacas que não tem o que fazer. Um garoto que lê HQ no Brasil é tido como um ser estranho, enquanto que alguém que assiste novela é considerado uma pessoa normal. Vejam a que ponto chegamos!

Porque isso é assim no Brasil?

Porque a unica coisa que foi pra frente em HQ no Brasil foi Turma da Mônica e Superherói importado dos EUA, e, cá pra nós, fica difícil alguém com bom senso acreditar que um bando de marombados usando cueca por cima da calça seja sério...

Quem está fora desse círculo consegue ver o quanto é ridículo, assim como quem tá fora do círculo de novela vê o quanto é ridículo uma historinha que a única coisa que interessa no fim é saber quem fica com quem. Só que nessas últimas décadas a novelinha viciou muito mais gente e hoje dá lucro. Nesse meio tempo a HQ brasileira ficou pra trás e não adianta chorar pelo leite derramado, agora, quem quiser fazer HQ no Brasil e ser respeitado deve trabalhar sério, trabalhar muito e como se isso não bastasse tem que lutar contra tudo e todos.

Tem que mostrar seriedade nas histórias, um bom desenho, tem que saber transmitir a sensação de uma cena e seu desenrolar, tem que saber envolver o leitor, ter um tema que seja de interesse das pessoas e não que seja somente de interesse do próprio quadrinhista, e tem que esperar que a população consiga ter uma boa imagem com relação ao quadrinho nacional, meio como o cinema nacional teve que fazer desde o final da ditadura.

Pena que para isso, é preciso que tenha gente disposta a tomar muito prejuízo ou até passar fome para chegar lá e, particularmente, eu não estou disposto e comprar essa briga. O máximo de briga que eu compro é com ilustração, isso porque eu já tive a minha formação e já consegui um cantinho ao sol. Eu luto para ajudar a melhorar as condições e a situação da Ilustração no país já que isso mantém algo que já existe.

Infelizmente quanto aos Quadrinhos, isso é uma tarefa para quem não tem problemas finaceiros, pelo menos atualmente, precisa ser feito por quem ainda dependa dos pais ou então quem tem muito dinheiro e não precise de lucro imediato para garantir o seu sustento, já que a situação da HQ nacional é quase nula.

Eu torço para os corajosos e desejo toda a sorte do mundo para os que lutam para melhorar essa situação e gostaria sinceramente um dia chegar a este blog e escrever um texto reconhecendo que eu estava enganado quanto a situação da HQ no Brasil.

PARA ONDE NOS LEVAM OS DIREITOS...

"Este texto foi escrito por GOMES PERTENCE"

Segundo os DESIGNERS



Precisando ilustrar uma reportagem com o título; “O TRÂNSITO NAS GRANDES METRÓPOLES”, a redação se depara com um problema, OS DIREITOS. A Foto em Barcelona, é do fotógrafo da casa, com carteira assinada e tudo. Mas... Vejam como os direitos, citados por designers diversos, complicou a vida da publicação:

1 – A Moto apresentada aqui, é uma “FIRULIRA A/350” – totalmente desconhecida – mas será preciso saber se esta indústria, (Como a Jaguar, Massey-Fergusson...) também não possui um código de conduta para o uso desautorizado das imagens de seus veículos, em fotografias e desenhos.

2 – Aqui ficou mais fácil. É uma “YAMAHA” como as outras 99% das motos mostradas. Encaminhar solicitação ao fabricante, não deve trazer maiores problemas que a perda de enorme tempo. A reportagem já vai ficar mais uma semana atrasada.

3 – Placas são criadas em estúdios de arte, e o logotipo do Banco é registrado. Não convém arriscar...O Picollo tem um bom trânsito nesta área, deve arranjar uma autorização fácil, fácil...

4 – O Prédio onde está o Banco, é tombado pelo patrimônio. Embora seja de grande interesse turístico a sua divulgação, todos sabem que já existem prédios públicos que exigem que a imagem seja solicitada para que se faça uma divulgação. IMPORTANTE: Não pode esquecer de anexar a imagem. Esta precisa ser aprovada.

5 – Bandeira da Espanha – LIBERADA !!! – Mas... o mastro dela é obra do Stúdio “LA NIÑA”. Possui direitos...

6 – O ônibus é um Mercedes (primeira autorização) mas a lataria é da “Carrociere” – criação exclusiva - (Segunda autorização) Nem precisa de ofício, basta ir até os escritórios na Itália, que eles dão autorização imediata. Não deixar de levar é um intérprete, pois eles são bem fraquinhos no português...

7 – FIAT – Sem problema – a pintura da frota vai agarrar. O Designer que desenvolveu a pintura dos Táxis de Barcelona, é chato “prácá”... Cedeu os direitos ao Sindicato, mas com centenas de cláusulas. É bem provável que a vaidade do artista faça qualquer negociação “agarrar”... Como o tempo é importante, resta o PHOTOSHOP...

8 – O ASFALTO – As ruas de Barcelona, são asfaltadas com um asfalto diferente – PATENTEADO – composto de Lava Vulcânica. É preciso consultar, quando se mostra um produto “patenteado”.

9 – Capacete “Gucci” usado em desfiles no último “Italy-Fashion” – Fez o maior sucesso. Do Designer L’ampággio... Bom perguntar, né?

10 – Lambretta...xííí!!! O Dono da Fábrica, Milionário, chato prá caramba, já morreu. Deixou como herdeiros 9 Filhos, que não se entendem. Cada qual, 9 vêzes menos ricos que o pai, e 9 vêzes mais chatos. Difícil...

11 – O Número 11, tá atráz do 13. E... de que se trata o 13? Pelo maior dos azares, quem estava sentado no banco do ponto de ônibus era ninguém menos que Francisco Cüoco. Sabem como é fazer foto onde aparece artista... Vai querer “algum” O 11 é o neto dele, que se escondeu atrás dele, não queria aparecer, mas... na hora da grana... quem garante que não vai querer também?

12 – O Semáforo. Criação do Designer Russo Ibranovick. Em russo, você consegue falar com ele. Simples.

14 – A Placa do banco concorrente. Quando souber que o Banco rival exige licença, mesmo sem saber como é isso, vai fazer o mesmo.

15 - Porta de Madeira, do século XVII. O Tetrataraneto do Designer, detém os direitos. Será que inclui fotos?

16 – Viram quem está na janela do ônibus? Vovó Naná, do BBB... vai querer levar uma “molhadinha”...

17 – Calça do Motoqueiro, marca “LEE”. Perdeu mercado, mas a sua fama é “cult”. Graninha na mão deles.

18 – O Sindicato dos Motoristas de ônibus de Barcelona, baixou uma portaria na semana passada, informando possuir direitos de imagem sobre os profissionais sindicalizados e equipamentos de transporte urbano. (baseado na portaria 2343-2, de 2002) Consultar um advogado será bom, para saber se paga o royaltie à Mercedes, à Carrociere, ou ao Sindicato.

19 – O Motoqueiro carrega no bolso, um chaveiro com a imagem do Pluto. Vale uma consulta à Disney?

20 – “A FOTO”(toda). O material utilizado é de tecnologia de ponta, versão beta, da KODAK, que solicita que informemos nos trabalhos a utilização do mesmo. Esta foto deverá ser registrada, com o título: “Última foto de alguém que achou melhor criar galinhas no sítio

ARTIGO: OS 1O MANDAMENTOS DA MOTIVAÇÃO

"Estes e mais textos no site do RUDSON BORGES" www.blog.rudsonborges.com.br


"As pessoas dizem frequentemente que a motivação não dura. Bem, nem o banho - e é por isso que ele é recomendado diariamente" (Zig Ziglar).

Dias atrás, num programa de televisão, certo apresentador afirmou que vendedores motivados vendem mais. Será?

Antes de qualquer coisa, é bom lembrarmos que assuntos voltados à motivação pessoal e profissional estão em alta. De maneira simplista costuma-se resumir motivação como: motivo + ação ou ter um bom motivo para agir. É claro que são definições verídicas, mas somente definem o significado da palavra.

Noção Básica de Motivação:

A Psicologia define motivação como “a força (desejo) propulsora por trás de todas as ações de um organismo”. Já para o Dicionário de Marketing é um “conjunto de fatores psicológicos (conscientes ou inconscientes) de ordem fisiológica, intelectual ou afetiva, os quais agem entre si e determinam...” Há quem diga que motivação é um sentimento de uma necessidade, outros a definem como transformar um motivo em ação, atitude.

Existem diferentes teorias para a motivação, e uma das mais consagradas é a de Abraham Maslow - (1908-1970), psicólogo norte-americano, considerado o pai do humanismo na psicologia. Sua teoria diz que nós possuímos diversas necessidades, e estas podem ser separadas em categorias hierarquizadas. Segundo Maslow, para motivar uma pessoa deve-se identificar qual é a categoria mais baixa na qual ela tem uma necessidade, e supri-la antes de pensar noutras categorias mais altas.

Estas categorias são normalmente apresentadas na forma de uma pirâmide. Veja!
Necessidades Fisiológicas: Principal prioridade humana, pois entre elas estão: beber, comer e respirar. Sem estas necessidades as pessoas ficam doentes e debilitadas.

Necessidades de Segurança: Qual pessoa sente-se confortável com a insegurança? Todos querem segurança financeira, física, emocional, familiar, etc.

Necessidades Sociais: Uma vez que as categorias anteriores (Fisiológicas e de Segurança) estejam supridas, surgem as necessidades socais: inclusão, amizade, amar e ser amado, encontrar na família uma base afetiva, etc.

Necessidades de Status e Estima: Ser reconhecido como uma pessoa admirada, inteligente e competente faz parte das necessidades de Status e Estima. É possível ainda destacar o desejo pela fama, poder e prestígio. Por causa disso muitos se transformam em prepotentes, gananciosos e arrogantes. Necessidade de Auto Realização: Pode haver algo mais agradável do que a sensação do dever cumprido e ter consciência de que você explorou todas as suas habilidades em prol de um objeto específico? Todos gostam (deveriam) de encarar os problemas e resolvê-los, de enfrentar desafios e vencer, de dar o melhor de si e conquistar coisas e bens como fruto de sua capacidade e esforço. Esta capacidade nos é natural e significa atingir o máximo (quando se faz o que gosta).

Resumindo, existem fatores motivacionais adequados a cada individuo – o que motiva “este”, pode não influenciar “aquele” ou o que me motivava ontem já não me motiva hoje.

Exemplos:

Promover um funcionário que está passando por instabilidade física não o motivará. Neste caso, nada lhe será mais agradável do que ter sua saúde restabelecida.

Algumas pessoas preferem trabalhar naquilo que gostam ainda que pra isso seja preciso ganhar menos ou trabalhar mais, pois a maior motivação está em fazer o que gosta.

A importância da motivação:

Imagine que numa equipe de vendas externas existam dois profissionais: João e Antônio.
João é um excelente profissional, ele é bom e sabe disso. Ele domina técnicas, conhece o produto e o mercado, tem uma fantástica oratória e poder de persuasão.

Antônio vende os mesmos produtos, inclusive teve os mesmos treinamentos. Ele é um tanto quanto "limitado", tem alguns bloqueios e várias limitações, é tímido e um pouco gago.
João espera as coisas acontecerem, não corre atrás de metas, não se preocupa em encantar e fidelizar os seus clientes. Antônio dedica-se e dá o seu melhor, afinal, ele sabe que se não é possível vencer pelo talento, o esforço "quebra o galho".

João tem muitos "atributos", mas lhe falta o que sobra a Antônio: MOTIVAÇÃO (e isso faz a diferença). Não estou dizendo que talento é desnecessário ou secundário, ao contrário, pois só a motivação não basta... É preciso ter criatividade, atitude, conhecimento prático e teórico, saber se comunicar, se relacionar, etc. Apenas afirmo que talento sem motivação é desperdício – é como um rei sem coroa.

Os 10 mandamentos da motivação:

Abaixo citarei o que eu classifico como os dez mandamentos da motivação - todos são importantes e se interligam. Não é acadêmico, é vivencial (subjetivo), baseado na minha experiência e na caminhada que me colocou na trilha do sucesso. Confira!

1. Não seja um procrastinador

Não adie as tarefas de hoje, também não adie suas decisões – não “empurre com a barriga”. Seja homem (ou mulher) para encarar os problemas de frente, pois fugir não
resolve, ao contrário. Evite sempre acumular afazeres, pois isso é desgastante e estressante.
Eclesiastes 9: 10 - “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque no além, para onde tu vais, não há obra, nem projetos, nem conhecimento, nem sabedoria alguma”.

2. Comece algo e termine

Lembro-me de uma ocasião em que passei algumas horas escrevendo um artigo e o computador "travou". Resultado? Perdi tudo e fiquei bastante chateado. Eu havia começado, mas o final era a minha motivação. Procure terminar o que começar, para só depois fazer algo novo... Tem gente que começa a ler cinco livros ao mesmo tempo, mas não termina nenhum. Nos motivamos com os resultados.

3. Confie em você mesmo

Ao atender centenas de pessoas e empresas, detectei diversos casos em que sobrava capacidade, mas faltava confiança. Há ocasiões que o segredo do êxito é apenas "confiar no seu taco" e ter "bala na agulha". A PNL nos ensina ao dizer que: "Todos possuem os recursos que necessitam, basta acessá-los". Fale em alta voz: "Sim, eu posso. Eu me permito. Eu vou".

4. Valorize o que realmente importa

Defina suas metas, suas prioridades e valores. Equilibre seu tempo, não viva só para o trabalho, por exemplo. Desfrute de momentos felizes ao lado de seus familiares. Pratique atividades físicas, leia bons livros, ouça boas músicas, exercite a sua fé.

“Vibre, comemore, beba um copo de água em sua homenagem e siga em frente que a motivação é você!” - Anônimo.

5. Tenha grandes planos

Ah, alguém sabiamente já disse que você é do tamanho dos seus sonhos. Sabe de uma coisa? É uma das verdades mais lindas que já ouvi.
Ford disse que se você pensar que pode ou que não pode de qualquer maneira estará certo. Então pense que você pode, mas pense grande. Seja ousado, audacioso, saia da zona de conforto e viva a vida plena que Deus deu pra você. Estabeleça uma meta e corra atrás.

6. Agradeça sempre

Não tem piscina em casa? Tome um banho de chuveiro. Não tem carro? Ande no melhor ônibus. Não tem filhos? Adote. Não tem dentes? Agradeça pela boca.

Para ser feliz, motivado e bem sucedido o ser humano precisa agradecer mais e reclamar menos e parar de se comparar com “este” ou “aquele”. Você é único e especial.

Pense nisso: "Sempre reclamei dos meus sapatos, até que um dia, ao dobrar uma esquina, avistei um homem sentado sem os dois pés".

7. Ame-se muito

O maior amor que podemos sentir é o amor próprio. Este sentimento profundo acerca de nós mesmos nos fará amar incondicionalmente o próximo e o Arquiteto do Universo. Quando temos uma boa autoestima os nossos relacionamentos são mais saudáveis e duradouros. Ame-se muito e seja o seu próprio fã. Se possível, siga você mesmo no Twitter.

8. Não tenha medo de fracassar

O fracasso é uma ação, não é uma pessoa. É apenas uma oportunidade pra você fazer diferente. Portanto, mesmo que você caia, levante-se com classe, e saiba que os tombos te ensinarão novas manobras.

“Errei mais de 9.000 cestas e perdi quase 300 jogos. Em 26 diferentes finais de partidas fui encarregado de jogar a bola que venceria o jogo… e falhei. Eu tenho uma história repleta de falhas e fracassos em minha vida. E é exatamente por isso que sou um sucesso”. — Michael Jordan.

9. Seja disciplinado

Disciplina é fazer aquilo que muitas vezes não queremos, mais precisamos. Disciplina é agir estrategicamente. Disciplina é plantar para colher, só que o plantio é árduo. A disciplina transformou um camelô em um dos maiores empreendedores do mundo.
“O único lugar aonde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário”. - Albert Einstein.

10. Persista, persista, persista

Olhe para seu alvo, fixe os olhos nele e prossiga até tocá-lo. Será fácil? É bem provável que não, mas ainda que você seja surrado, não seja nocauteado. Quanto maior for a dificuldade maior será a glória. Fomos criados para sonhar e são eles - os sonhos - que abastecem a nossa alma. Não venda os seus sonhos, não desista deles, não deixem roubá-lo de você. Lute sempre!

Desejo tudo de bom e muito, muito mais.

Seu amigo, Rudson Borges!

Borges é Gestor de Negócios, Máster Practitioner e Trainer em Programação Neurolinguística, Coach Pessoal e Executivo. Rudson é um dos mais contratados palestrantes brasileiros da atualidade, sendo convidado por grandes empresas do Brasil e do Exterior para ministrar palestras e treinamentos de motivação, vendas e PNL. Borges é um motivador nato e desde seus 17 anos dedica-se a ajudar pessoas e empresas a conquistarem os resultados que desejam. Para saber mais acesse: www.rudsonborges.com.br

E-mail/ MSN: contato@rudsonborges.com.br
Twitter: @rudsonborges