Impressão Gráfica com Ouro e Prata


Segue abaixo um pequeno tutorial sobre como enviar seus arquivos para gráficas utilizando cores especiais, neste caso as tintas PANTONE® Ouro e Prata.

Primeiro verifique se seu software possui a biblioteca de cores Metallic Coated, é com ela que iremos trabalhar.

Para acessar essa biblioteca pelo Illustrator basta entrar no painel Swatches e clicar sobre o botão Swatch Libraries Menu > Color Books > PANTONE Metallic Coated.


O próximo passo é determinar quais áreas do layout irão apresentar os efeitos das cores metálicas. Assim como substituímos uma cor qualquer através do painel Swatches, da mesma forma é feita pelo novo painel exibido.

Clique sobre o objeto e em seguida escolha PANTONE 877C para a cor prata e/ou PANTONE 871C para a cor dourada.


Praticamente seu projeto está pronto, mas se quiser fazer um efeito diferenciado também é possível utilizando o recurso de impressão sobreposta.

Para isso selecione o objeto com a cor metálica e dentro do painel Attributes (Window > Attributes) clique sobre o botão Overprint Fill. Aparentemente seu documento não mudou nada, mas é possível visualizar uma simulação acessando o menu View > Overprint Preview.


Veja abaixo alguns trabalhos que utilizaram cores ouro e prata.





Gramaturas de papéis para rotativas

Couchê: Papel convertido a partir de papel-base¹, revestido de um ou de ambos os lados com substâncias minerais, na máquina de revestir ou na própria máquina que faz o papel-base, podendo receber acabamento brilhante em supercalandra², texturizado, mate ou fosco. Por apresentar ótimas características de nivelamento superficial, é empregado na reprodução de trabalhos de elevada qualidade. Garante cores vivas e definidas na impressão. É bastante usado em revistas e publicações especiais.
Gramaturas³: 70g/m² – 80g/m² – 90g/m² – 115g/m² – 130g/m² – 150g/m² – 170g/m²

Couchê L-1 calandrado (brilho de um lado): usado principalmente para rótulos e temos disponível nas gramaturas 70, 75, 90 e 115g (de fabricação nacional)

Couchê L-2 calandrado (brilho nos dois lados): é o papel com brilho mais comumente usado para folders, catálogos, revistas e flyers e disponível nas gramaturas 75, 90, 115, 150, 170 e 230g (fabricação nacional) e 270, 300 e 370g (importado)

Couchê: É o papel comum de maior qualidade. Ele não é poroso como os anteriores,pois leva uma camada vedante em ambas as faces que o deixa impermeável e aparentemente mais fino ( se bem que mais resistente que os anteriores). Hoje é largamente utilizado para fabricação de panfletos e folders, assim como nas principais revistas, capas, cartões de visita e muito mais. Praticamente quase todas as gráficas utilizam este papel por que se tornou sinônimo de qualidade. Existe nas gramaturas aproximadas de 63 gr a 350 gr.

Couchê fosco (fosco dos dois lados): usado para folders, catálogos, revistas e flyers, geralmente usado para materiais que tenham muito texto (pois a falta do brilho ajuda na leitura), porém existe uma dificuldade e secagem (o que torna o processo de impressão um pouco mais demorado). Disponível nas gramaturas: 75, 90, 115, 150, 170 e 230g (nacional) e 270, 300 e 370g (importado).

Jornal: Papel de superfície irregular e pouco colada (representa uma variação maior na qualidade do impresso), de baixo custo, usado na impressão de jornais, folhetos, livros, revistas, materiais promocionais em geral.
Gramaturas: 48g/m² – 52g/m²

LWC (Lightweight Coated Paper): Papel fabricado com alta porcentagem de celulose, revestido fora de máquina com 8 g/m² a 19 g/m² de tinta couchê em cada face, utilizado na impressão de catálogos, revistas, livros, materiais promocionais. Alternativa para o papel couchê.
Gramaturas: 56g/m² – 57g/m² – 60g/m² – 70g/m² – 80g/m² – 90g/m²

Offset: Papel de impressão sem revestimento, fabricado com pasta química branqueada, conteúdo de carga mineral entre 10% e 15%, boa colagem interna e superficial. Oferece boa reprodução de imagens e é mais utilizado em livros e cadernos. As altas gramaturas são utilizadas em casos especiais.
Gramaturas: 56g/m² – 63g/m² – 70g/m² – 75g/m² – 90g/m² – 120g/m² – 150g/m² – 180g/m²

Offset (papel não calandrado ou sem brilho): esse é aquele papel que todo mundo utiliza em sua impressora. Por sua aparência mais simples (comparando-se com ou couchê L2 ou fosco), é mais usado para impressos comerciais, como papel timbrado, pedidos, notas fiscais, etc. Disponível nas gramaturas:  70, 75, 90, 120, 150, 180 e 240g

Offset: É um papel não revestido, ou seja, meio poroso, muito usado nos panfletos mais comuns, daqueles impressos em 1 cor apenas e distribuídos a torta e direita por aí.

Ele é considerado o papel mais simples, sendo batido em simplicidade apenas pelo papel jornal. É usado em panfletos de rua, miolo de livros, memorandos, receituários, notas fiscais, e quando mais grosso até em fichas e cartões. A principal vantagem é que é o melhor para escrita, pois por ser bem poroso absorve bem a tinta. É também um dos mais baratos. Existe de 50 gr a cerca de 300 gr. Existe em várias cores. As cartolinas estão incluídas neste grupo.

Papel Cartão (não calandrado ou sem brilho – tipo cartolina): usado para fichas ou impressos que precisam de um papel mais rígido e que são impressos em apenas 1 cor. Disponível nas gramaturas 180 e 240g, esses nos formatos: SP50x66 e RJ 55x73cm

Supercalandrado: Papel que recebeu acabamento acetinado em supercalandra², deixando o papel com mais brilho e transparência. É utilizado em publicações de grande tiragem.
Gramaturas: 52g/m² – 56g/m² – 60g/m²

Reciclado: Papel fabricado a partir de polpa de papel usado, desentintado e branqueado, ou a partir de aparas de impressão ou de conversão. Tem uma tonalidade mais escura, mas possui a mesma qualidade do papel offset.
Gramaturas: 63g/m² – 70g/m² – 75g/m² – 90g/m² – 120g/m²

Reciclados: papéis muito usados hoje em dia, por se tratar de papel feito com em torno de 25% de matéria-prima reciclada pós consumo e 75% de matéria prima virgem. Disponívl nas gramaturas: 75, 90, 120, 150, 180 e 240g

Reciclado: Acompanhando a moda ecológica, criou-se um papel que utiliza tanto aparas de papel pós consumo como pré consumo, ou seja, faz-se uma mistura de papel novo com papel usado. O papel é poroso como o papel offset e apresenta uma coloração amarelada típica. É muito usado pelas empresas para apresentar uma “posição ecológica”. Existe basicamente em 3 gramaturas: 90 gr, 120 gr e 250 gr, variando um pouco de acordo com o fabricante. É largamente usado em substituição do papel comum, prospectos e cartões de visita

Collor plus (tipo uma cartolina colorida): papéis com variadas cores, geralmente são usados para convites, sendo disponibilizado nas gramaturas: 90, 120, 180 e 240g

Supremo (e similares importados): É um papel intermediário entre o offset e o couchê. A característica principal é ser mais grosso que o offset de mesma gramatura e ter a parte selante apenas numa das faces. Existem muitas variações segundo a qualidade, seguindo agora da de pior qualidade para a melhor: Duplex (usado em folhinhas – textura de jornal no verso), Triplex (o duplex um pouco melhor- verso branco), Supremo (É o triplex de marca boa- o verso é bem lisinho), Supremo DuoDesign (é uma marca de um papel que leva a parte selante dos dois lados, porém com a mesma “grossura” dos papeis supremos. Existem especificamente para atender a demanda de cartões e capas de livros, indo aproximadamente de 200 gr a 400 gr. Muito usado também por algumas gráficas, sendo o supremo um substituto barato do couchê e o supremo duodesign um pouco mais conceituado que o couchê

Duplex (papel cartonado branco de um lado e kraft do outro): ideal para impressão de fotos na frente e textos e desenhos no verso, usado principalmente para imprimir tags (aquelas etiquetas que vem nas roupas), caixas e embalagens. Nas gramaturas: 230, 280, 370 e 410g

Triplex (papel cartonado branco dos dois lados, sendo um lado com brilho): ideal para embalagens com impressão coloridas dos dois lados, porém um lado brilhante e outro fosco. Usado principalmente para pastas, tags, cartão postal e cartão natal; disponível nas gramaturas: 230, 280, 370, 410g

Jornal: O papel jornal tem as mesmas características do offset, só que é mais fino e “sujo”, com muitas fibras soltas. É usado quase que exclusivamente para jornais, notas fiscais e panfletos vagabundos. Existe aproximadamente de 50 a 70 gr.

Papeis especiais: Para quem quer entender de papel a fundo existem algumas centenas de tipos de papeis em diversas cores. Em qualquer papelaria você encontra pelo menos uma centena. Mas a maioria só é usada em gráfica em serviços especiais atingindo preços altíssimos, pois só vão servir para aquele trabalho específico.

A gramatura de um papel é o peso de uma folha de 1m² ou seja:

Couchê 90g = uma folha de 1 x 1 m pesa = 90g
Duplex 230g = uma folha de 1 x 1 m pesa = 230g

Veja o cálculo:
“x” = seu impresso em m² x gramas do papel inteiro onde “x” é o peso que deveria ter o seu impresso pronto, sendo que a conta para saber “x” deve-se multiplicar a medida em m² do impresso pelo peso (gramas) do papel inteiro contratado.

Exemplos:

Seu trabalho é A4 impresso em um papel 90g, ou seja, a medida é 0,21 x 0,297m, o que equivale a = 0,06237m²
“x” = 0,06237 x 90g
“x” = 5,6133 g (= esse é o peso que deve ter o seu trabalho impresso, que você poderá conferir numa balancinha de precisão em uma padaria, p.exemplo – se seu impresso estiver com peso abaixo disso, não foi utilizado o papel na gramatura que você contratou)

Trabalho em A3 – 120g = 0,42 x 0,297 = 0,12474m² (é o tamanho de seu papel)
“x” = 0,12474 x 120 g
“x” = 14,9688 g (é o peso que deve ter seu impresso, basta conferir)

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¹Papel especialmente produzido para receber o revestimento couchê.

²A calandra é uma máquina constituída de um conjunto vertical de cilindros metálicos polidos e cilindros revestidos com tecido de fibra sintética alternados, entre os quais passa o papel sob pressão, afim de ser alisado.

³A gramatura é a massa de uma folha de papel expressa em gramas por metro quadrado. Uma baixa gramatura representa um papel mais fino e a alta gramatura indica um papel mais grosso.

Fonte bibliográfica: GRAPHOS - Glossário de termos técnicos em comunicação gráfica. Sérgio Rossi Filho. São Paulo. Editora Cone Sul, 2001

http://tudibao.com.br/2010/06/papeis-e-gramaturas.html

http://www.cardquali.com/entendendo-sobre-papel-gramaturas/

Usando o Grid

Passeando pela internet reuni alguns ícones criados usando grades. 
Vejam algumas dessas imagens...











Conversa de Blogueiro!

‼ - real name?
✺ - eye color?
✁ - hair?
☿ - zodiac sign?
☃ - tall/short?
❅ - any sports?
✈ - hobbies?
❤ - single/taken?
ツ - any pets?
☂ - favorite season?
✐ - fave types of movies?
❣ - how would it be your ideal date?
☣ - phobias?
☠ - fears?
✘ - hates?
° - ever were close to death?
♧ -..... on drugs?
♠ -.....smoked?
♦ -.....had alcohol?
❥ - sexual orientation
♚ - favorite eye color?
♛ - favorite hair color?
♪ - music you like?
✌ - favorite bands/ singers?
♒ - fave animes?
❦-.fave characters?
✿ - fave kind of clothing?
ღ - mottos?

33 DICAS SOBRE WEBDESIGN E USABILIDADE QUE IRÃO ALAVANCAR SUAS CONVERSÕES

Usabilidade e Conversão andam lado a lado. Entretanto, poucos sites dão a devida atenção a experiência do usuário como forma de conseguir alavancar suas conversões.

Veja todos os detalhes sobre Usabilidade e Conversão no infográfico logo abaixo. Eu irei compartilhar 33 dicas sobre design e usabilidade que irão transformar simples pesquisadores em compradores.

Veja algumas estatísticas abaixo sobre Usabilidade: 
 40% das pessoas abandonarão uma página da web se ela demorar mais que três segundos para carregar; 46% dos usuários móveis relataram ter dificuldade de interagir com uma página web, e 44% reclamaram que a navegação era difícil;
Apenas 55% das empresas estão atualmente realizando algum teste online de experiência do usuário.

Pensando na importância do assunto, o Viver de Blog produziu um rico infográfico com absolutamente tudo sobre Usabilidade e Conversão.

Viver de Blog Infográfico Conversão e Usabilidade 600px [Infográfico] 33 dicas sobre webdesign e usabilidade que irão alavancar suas conversões
» Clique Aqui para baixar uma versão em Alta Resolução desse infográfico «

A proporção áurea está em tudo! Na natureza, na vida e em você





Proporção Áurea, Sequência de Fibonacci, Número de Ouro. Provavelmente você já escutou alguns desses termos ao longo de sua vida, talvez por ser um tema tão rico, tão misterioso e que, por isso, atrai tanta atenção.
Tudo começou com Leonardo Fibonacci, que foi o primeiro a entender que numa sucessão de números, tais que, definindo os dois primeiros números da sequência como 0 e 1, os números seguintes serão obtidos por meio da soma dos seus dois antecessores, portanto, os números são: 0,1,1,2,3,5,8,13,21,34,55,89,144,233,377… Dessa sequência, ao se dividir qualquer número pelo anterior, extrai-se a razão que é uma constante transcendental conhecido como número de ouro. A partir desses estudos, foi construído o retângulo áureo e a espiral áurea, mas tem um vídeo protagonizado pelo Pato Donald que explica de forma bem mais interessante tudo isso, veja:
Há um outro vídeo, produzido por Cristóbal Vila com apoio da Etérea Studios trazendo informações sobre a dinâmica de organização dos objetos na natureza através da sequência de Fibonacci e do número Phi – 1,618. O resultado é hipnotizante:

Separamos então alguns exemplos de aplicações da proporção áurea em diversas áreas do conhecimento:
Arte
Pintores da Renascença usaram em grande parte de suas obras, dos quais destacam-seLeonardo Da Vinci:
davinci


davinci2
davinci3
Natureza
Pitágoras tinha certeza que a natureza também era lógica, assim como a matemática, e conseguiu achar uma sequência lógica que abrange infinidades de elementos na natureza:
espiral_natureza_fibonacci copy
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butterfly
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011-650x483
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Homem
A proporção também foi encontrada em nosso corpo:
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1_proporcao_aurea_na_mao
Arquitetura e Design
Talvez as áreas que mais aplicaram a proporção foram essas, e fizeram com que produtos, marcas e prédios que vemos no cotidiano venham da mesma base:
apple-aureatumblr_lmy5vp9zl21qlzfx0o1_1280
tumblr_lmy57fiCYj1qlzfx0o1_1280

(Parte interna do MacBook Air)
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(Iphone 4. Já o iPhone 5 não se encaixa na proporção)
twitter-logo-proporcao-aurea
novo-twitter-proporção-aurea-webdialogos
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dzn_The-Golden-Rules-by-Olivia-Lee-10
dzn_The-Golden-Rules-by-Olivia-Lee-14
BfbvgYHCAAA6lEY

E por aí vai, essa proporção está em todos os lugares. E você, conhece alguma outra aplicação que não publicamos?

Dia do Quadrinho Nacional 2014

http://www.hojeemdia.com.br/pop/primeiro-hq-publicado-no-brasil-contava-as-aventuras-de-um-mineiro-na-corte-1.213850


Times de Design que não se comunicam

Fonte: http://arquiteturadeinformacao.com/user-experience/times-nao-se-comunicam/
Times que não se comunicam
Muita gente já passou por isso. Você entra para um time novo para trabalhar em determinado projeto e percebe que tem algo diferente no ar. Você não sabe exatamente qual a diferença, mas aos poucos começa a perceber alguns sintomas que mostram que o time está sofrendo da síndrome do corporativismo (ou a síndrome das meias palavras – também gosto desse nome). Todo mundo parece estar ocupado demais em frente ao computador, o escritório está silencioso demais e a sua caixa de emails está enchendo mais do que deveria.
Mas se você é designer, você possivelmente trabalha em um ambiente conhecido por ser um “ambiente criativo” – repleto de gente de camisa xadrez, óculos de armação grossa e fones de ouvido coloridos. O problema é que mesmo nesses locais existem pessoas que preferem enviar longos emails para grandes grupos de pessoas a virar para o lado e resolver problemas de um jeito mais prático. Ao invés de se aproveitarem do fato de estarem em um ambiente criativo e serem criativos na forma em que tocam os projetos, alguns times acabam herdando hábitos de grandes corporações e se esquecem de questionar se esse é reamente o jeito mais inteligente e de trabalhar em um projeto colaborativo.
Até aí tudo bem. Cada um tem suas preferências no jeito de trabalhar e de tocar um projeto. O problema começa quando esse excesso de corporativismo começa a afetar o desempenho do time. Os principais sintomas vêm dos excessos: excesso de emails, de hierarquia, de reuniões improdutivas, de silêncio e de burocratização de processos. A consequência são projetos que estouram o budget, decisões que levam tempo demais para serem tomadas e pessoas que ficam ocupadas demais retro-alimentando um sistema ancestral de obrigações desnecessárias.
O que vai exatamente contra os princípios de um “ambiente criativo”.
Conversei com alguns amigos sobre o assunto e fui fazendo anotações sobre os problemas que eles mencionavam. Uma espécie de entrevista informal sobre o tema. Abaixo um apanhado dos principais sintomas citados por eles, assim como formas de detectar, antecipar e mitigar esse tipo de comportamento.

Emails demais

Quando sua caixa de entrada começa a encher com mais rapidez do que deveria, e quando os remetentes dessas mensagens são exatamente as pessoas que sentam a alguns metros de distância de você, isso pode ser sinal de que algo está errado.
É claro que emails têm uma série de vantagens. Além de conseguir envolver em uma discussão pessoas que talvez não estejam disponíveis para falar ao vivo naquele momento (seja porque estão em uma reunião, ou resolvendo coisas de outros projetos), também são uma forma de documentar por escrito algo que talvez seja complicado de visualizar somente em uma conversa. Mas existe uma linha tênue entre documentar algo que foi discutido para facilitar o entendimento entre as pessoas e em fazer o mesmo para “ter provas” que possam ser usadas caso algo não seja executado do jeito combinado. Muita gente vê somente o segundo aspecto: “vou mandar isso por email porque quero garantir que essa pessoa faça o que eu falei”. Não é assim que funciona. Depois de um tempo de experiência você aprende que as motivações que levam as pessoas a fazerem um bom trabalho não deve ser baseada em medo, e sim em entender com clareza os motivos pelos quais aquilo deve ser feito.
Times que não se comunicam
A dica aqui é estimular ao máximo que as pessoas se falem pessoalmente. Tome a iniciativa: levante da sua mesa, chame as duas ou três pessoas que devem estar envolvidas na discussão, leve-as até o quadro branco mais próximo, discuta o problema, ouça todos os pontos de vista e, somente quando vocês chegarem a uma conclusão, envie um email documentando o que foi falado de mais importante. Novamente: envie o email para facilitar a comunicação entre todos e permitir que eles lembrem do que foi acordado quando forem fazer os ajustes, e não para impor o seu ponto de vista sobre determinado assunto.

Gente demais copiada nos emails

Sempre parto do pressuposto que as pessoas têm bom senso na hora de me copiar em algum email. Se eu fui copiado, eu entendo que preciso ler o que foi escrito, nem que seja para ter ciência de algo que está acontecendo em paralelo no projeto.
O problema é que cada um tem um critério diferente na hora de copiar outras pessoas nos emails. Alguns gostam de copiar bastante gente para “mostrar trabalho”, mas esquecem de pensar nos cinco minutos que cada pessoa ali vai gastar lendo a infinidade de tópicos que estão sendo discutidos. E cinco minutos de 12 pessoas totalizam uma hora de trabalho. Em cada email.
Se a maioria dos emails são longos e possuem gente demais copiada neles, isso pode ser um sintoma de excesso de hierarquia no time, ou então de falta de confiança no poder de decisão das camadas mais baixas dessa estrutura.
A dica aqui é priorizar as discussões ao vivo, enviar emails somente quando necessário, garantir que os emails sejam curtos e levantar a bandeira quando perceber que você passa a maior parte do dia lendo conversas que não são exatamente relevantes para você. Em paralelo, ao sentir que o fenômeno está acontecendo dentro do time, é legal que o gestor tenha uma conversa com os geridos para alinhar expectativas em relação “a boas práticas de Outlook”.

Silêncio demais no escritório

Se todo mundo parece ocupado demais em frente ao computador e as pessoas passam muito tempo sentados usando fone de ouvido, desconfie. Não desconfie das pessoas, veja bem. Desconfie do processo.
Student-Staff Collaboration
O primeiro passo para quebrar o silêncio é fazer isso você mesmo. Comece a falar, várias vezes ao dia, mesmo que não seja extremamente necessário. Isso encoraja que as outras pessoas façam o mesmo e se comuniquem com mais frequência, em qualquer circunstância. Não somente sobre as decisões de design que estão sendo tomadas, mas também sobre assuntos tangentes que de certa forma ajudam a criar vínculos mais fortes entre os membros do time.
O melhor sintoma de que o time está se comunicando é olhar em volta no meio da tarde (é nesse horário que as pessoas parecem estar mais dispostas a colaborar umas com as outras) e ver vários pequenos grupos de 2 ou 3 pessoas conversando em volta do computador.
Design é uma fusão de pontos de vista diversos, sob a ótica de pessoas com backgrounds diferentes e com preocupações diferentes em relação ao resultado final.

Reuniões demais, reuniões de menos

Esse é outro clássico. Aquela sala de reuniões enorme, as pessoas chegando uma a uma, com o laptop na mão e com cara de ocupadas demais para estarem ali. Uma hora inteira onde todo mundo faz questão de dar alguma opinião (meio que para justificar o fato de estarem ali) e onde nada é resolvido. No final, aquele gosto amargo de que você preferia que a reunião tivesse metade das pessoas. E durasse metade do tempo.
Em se tratando de reuniões, os dois extremos são problemáticos. Reuniões demais acabam impedindo que os designers, programadores e outros profissionais envolvidos no projeto consigam sentar na sua mesa e fazer o trabalho que precisa ser feito. A interrupção contínua é inimiga da concentração e da produtividade. Por outro lado, um time de design que só se reúne uma vez por semana pode correr o risco de entrar na categoria-título deste texto.
O ideal, a meu ver, são reuniões mais curtas, mais frequentes, e se possível concentradas em uma mesma faixa horária do dia. Já estive em times onde combinamos que só marcaríamos reuniões na parte da manhã – durante todo o restante do dia você só resolve coisas levantando e indo até a mesa da outra pessoa. Uma prática bastante eficaz é desencorajar que as pessoas levem o laptop para as reuniões. Isso evita tentativas frustradas de multi-tasking, onde você acaba nem participando da reunião como deveria e nem respondendo aos emails que pipocaram na sua caixa de entrada naquela uma hora.

Mas o que isso tem a ver com UX?

Um “ambiente criativo”, como mencionado no início do texto, é um ambiente bastante heterogêno. Times multidisciplinares são compostos por pessoas com backgrounds e comportamentos diferentes: introvertidos e extrovertidos, pessoas que se expressam melhor oralmente e outras por escrito, pessoas pró-ativas e preguiçosas, pessoas organizadas e caóticas.
E essa miscigenação de perfis é ótima, porque favorece diferentes pontos de vista e diferentes modos de agir.
Já escrevi sobre como vejo o UX Designer fazendo um “meio de campo” entre as diversas áreas envolvidas no projeto e se adaptando a cada situação com a maestria de um camaleão.
O fato de transitar facilmente entre várias áreas no decorrer do projeto faz do UX Designer uma ponte importante dentro do time. A habilidade de comunicar sistemas complexos com simplicidadepode ajudar a aumentar a eficiência da comunicação entre os membros do time: menos ruído, mais clareza. E finalmente, a habilidade de criar empatia (afinal, somos a fatia do time de design que está constantemente olhando para as necessidades dos usuários) pode ser uma eficaz ferramenta para conectar os pontos e fazer o time se falar mais. O que não dá é para ver esses sintomas todos e simplesmente botar o fone de ouvido.
Ainda dá tempo de botar esse item na lista de resoluções para 2014 :)