GRAVURA



As primeiras impressões artísticas de autor datam do séc. XV. No entanto, o ato de gravar já era praticado pelo homem pré-histórico para decorar pedras e ossos e os etruscos começaram a gravar metais 400 anos aC.

A impressão de uma matriz, talhada em relevo sobre madeira, foi largamente utilizada na antiga Pérsia, ou na China e Índia, para estampagem de tecidos. É a técnica artística com maior tradição e aquela que tem vindo a ter maior inovação.

Historicamente são referência algumas séries de gravuras de Mantegna, Dürer, Holbein, Lucas Cranach, Piranési, Rembrandt, Goya, Blake, Gauguin, Munch ou, no séc. XX, Picasso, Miró, Chagall ou Tàpies.

Tecnicamente, a matriz da gravura, concebida pelo artista, pode ser impressa de duas formas: em relevo (Xilogravura, Linóleo, …) ou em profundidade. Nesta última, a mais comum, utiliza-se uma placa de metal, cobre ou zinco, onde o artista através das várias técnicas directas (Ponta Seca, Buril, Maneira Negra, …) ou indirectas (Água-forte, Água-tinta, …) cria a matriz, aprofundando os pontos, as linhas ou as manchas da imagem. A matriz é tintada em profundidade de acordo com as opções cromáticas do artista e a imagem transferida, por pressão na prensa de gravura, para a folha de papel humedecido. A gravura impressa em profundidade distingue-se pelo facto de a tinta formar um ligeiro relevo sobre o papel. Os bordos biselados da placa que comprime o papel, imprimem na prova uma moldura rebaixada, o que lhe confere uma riqueza adicional.






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